Um estudo da Deco sobre o gás de botija concluiu que existe “uma estranha harmonização de preços a nível regional” num mercado com várias marcas. A associação de defesa do consumidor apela às autoridades que investiguem uma eventual cartelização do gás engarrafado.
A variação no preço de uma botija de gás raramente chega a um euro, independentemente da marca e do distrito onde se compra. A conclusão é da Deco, num estudo para a revista Proteste, cuja principal conclusão é a existência de “uma estranha harmonização de preços a nível regional”.
O estudo comparou o gás natural com o butano engarrafado através do preço pelo quilowatt (kWh). As conclusões demonstraram que, numa década, o preço de uma botija de gás disparou para o dobro, enquanto o aumento no gás natural foi mais moderado. De 2002 para 2012, o custo da botija passou de 0,0733 euros por kWh para os 0,1504, enquanto a distribuição por rede de gás natural passou dos 0,0564 para os 0,0813 euros por kWh.
Uma botija de gás butano, “em 2012, custava quase o dobro do gás natural. Os consumidores de gás butano são, assim, duplamente prejudicados”, salienta o estudo da Proteste, que analisou os preços em 18 capitais de distrito e no Funchal.
