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Fórum para a Competitividade alerta para riscos nos setores do papel, têxtil e calçado

O Fórum para a Competitividade alertou hoje, nas suas perspetivas empresariais relativas ao terceiro trimestre de 2019, para “riscos elevados” nos setores do têxtil e calçado, e para um “forte aumento do risco” no setor do papel.

De acordo com o Fórum, manteve-se “a classificação de risco elevado nos setores do têxtil e do calçado, que sofreram até julho de 2019 evoluções negativas das exportações (-0,1 por cento e -5,6 por cento, respetivamente) num contexto de crescimento global das exportações de 2,2 por cento”.

Nestes setores, a entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa destaca também, e “pela negativa, o número de insolvências, com aumentos de 40 por cento no têxtil e 16 por cento no calçado, num enquadramento geral de quebra de insolvências de 9 por cento até setembro de 2019”.

Já relativamente à “indústria portuguesa de madeira, papel e pasta (cujas exportações representavam 7,5 por cento do total nacional a julho de 2019)”, o Fórum para a Competitividade salienta “a forte degradação do setor do papel registada no Reino Unido e em Espanha, classificado como de risco elevado”.

O Fórum refere ainda que a ‘guerra’ comercial entre os Estados Unidos e a China e o processo do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) levaram “à manutenção da perceção de risco sensível no setor do retalho nos principais mercados de destino das exportações portuguesas (Espanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Bélgica, Noruega e Suécia)”.

No setor automóvel, as “mudanças tecnológicas”, juntamente com o abrandamento económico global, agravaram a perceção do risco no setor para “sensível”, em mercados “tão importantes como Espanha e Itália”, e para “médio na França e Alemanha”.

No setor do metal, Alemanha, França, Itália, Espanha e Reino Unido viram a perceção de risco ser alterada para “sensível”, devido à influência da “queda forte dos preços das ‘commodities’ [matérias-primas] durante 2019, associado à quebra de procura da China e também à evolução menos positiva do setor automóvel e da construção nalguns países como o Reino Unido”.

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