O Circuito do Estoril obteve a homologação máxima que uma pista pode receber por parte da Federação Internacional do Automóvel (FIA), o Grau 1. O que significa que, na teoria, a pista dos arredores de Lisboa pode receber a Fórmula 1.

Desde que o ano 2000 que aquele que já foi denominado Autódromo Fernanda Pires da Silva estava homologada com o nível 2+1T, graduação alterada após uma inspeção realizada à pista portuguesa no início de Agosto.

Na prática a pista do Estoril está agora capaz de receber um grande prémio de Fórmula 1. O que já não acontece desde 1996, mas a realização de corridas ou mesmo testes depende de patrocínios e vontade por parte das equipas da atual F1.

É que embora os representantes da FIA refiram que “as condições gerais da pista são muito boas” e tenham recomendado a licença de Grau 1, para além de várias apresentações de marcas de automóveis, motos, lubrificantes, pneus e outro tipo de competições internacionais não há para já qualquer sinal que o traçado português receba a Fórmula 1 num futuro próximo.

O que existe é a vontade da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) de, pelo menos, trazer testes de F1 ao Circuito do Estoril. E isso já foi reiterado pelo seu presidente.

“A Federação vai tentar mexer-se para que, pelo menos, os testes venham para cá. Agora que temos o grau 1 vamos procurar atrair testes de F1 para Portugal. Esta decisão representa um impulso que vai dar outra dinâmica ao Autódromo do Estoril”, defende Manuel Mello Breyner.

O presidente da FPAK baseia as suas expetativas no facto de na próxima temporada a Fórmula 1 poder realizar mais dias de testes e que o clima favorece Portugal nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março relativamente a outros destinos.