Economia

FMI presta apoio ao Governo na reforma do Estado com cortes de 4000 milhões de euros

ababa selassieFundo Monetário Internacional (FMI) já se encontra em Lisboa, para prestar apoio técnico ao Governo, na reforma do Estado. O executivo de Passos Coelho pretende poupar 4000 milhões com esta reforma, que prevê cortes na Saúde e nos apoios sociais, entre outras áreas. Os técnicos do FMI reúnem com diversos ministérios desde a semana passada.

A redução da despesa estrutural do Estado está a ser estudada pelo Governo, com a ajuda de técnico do FMI e do Banco Mundial, num processo independente das avaliações ao programa de assistência financeira.

As reuniões entre o FMI e o Governo terão começado há uma semana, com o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, a coordenar esta reforma do Estado, que têm como objetivo a redução da dívida pública em 4000 milhões de euros.

Esta intervenção do FMI em Portugal foi tornada pública por Marques Mendes, antigo líder do PSD, que revelou na TVI24 que “quem vai assessorar tecnicamente o Governo nesta reforma do Estado serão técnicos do Fundo Monetário Internacional”.

“Já chegaram a Portugal, já reuniram com alguns ministérios, com a Administração Interna e com a Defesa, e serão a assessoria técnica no estudo das medidas desta reforma”, acrescentou ainda o conselheiro de Estado.

As medidas a adotar serão anunciadas no próximo mês de fevereiro, sendo que deverão passar por cortes em funções sociais do Estado e na Saúde. Este apoio técnico foi pedido pelo Governo português ao FMI, sendo que a Comissão Europeia também deverá acompanhar o processo.

A decisão do Governo em solicitar apoio técnico ao FMI não foi bem acolhida pelo PS, principal partido da oposição, que não gostou de saber por intermédio de Marques Mendes, na televisão, que os técnicos do Fundo estão em Portugal. Recorde-se ainda que o Governo chamou o PS a participar nesta reforma do Estado, que vai avançar mesmo que o Governo não tenha apoio da oposição.

A presença do FMI em Portugal é histórica, no sentido em que é a primeira vez que o FMI participa em reformas, com a aplicação de modelos no funcionamento do Estado.

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