Economia

FMI: Christine Lagarde acha que Grécia necessita de “mais de tempo” para atingir metas

chistine lagarde 1A diretora do FMI, Christine Lagarde, considera que a Grécia necessita de mais tempo para cumprir as metas do défice. “Defendemos mais tempo para Portugal, para Espanha e é isto que estamos a defender para a Grécia”, salientou Lagarde.

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI, revelou total abertura para que os prazos de cumprimento do défice, definidos para a Grécia, sejam alargados. Aquela responsável considera que os gregos estão sob pressão e que o tempo será bom conselheiro, à semelhança do que sucedeu com Portugal, que viu alargado o prazo para atingir as metas.

“Por vezes, é preferível ter mais tempo. Defendemos mais tempo para Portugal, para Espanha e é isto que estamos a defender para a Grécia”, afirmou a diretora-geral do FMI, confiante de que a Grécia vai superar os seus problemas e respeitar os compromissos.

Quando abordou o caso de Portugal, Christine Lagarde estava a referir-se ao alargamento do prazo por mais um ano, para que o país consiga cumprir as metas do défice, até aos três por cento do Produto Interno Bruto.

Relativamente aos helénicos, esse prazo deve ser superior: dois anos. “São necessários mais dois anos para que o país leve a cabo o plano de consolidação fiscal que foi avançado”, adiantou Lagarde.

O FMI entende que a Grécia deve tornar-se financeiramente autónoma, sem precisar de ajuda constantemente. “Queremos que a Grécia volte a caminhar pelo seu próprio pé, e que possa regressar aos mercados sem necessitar de auxílio”, salientou a diretora do Fundo Monetário Internacional.

As declarações de Christine Lagarde, feitas em Tóquio na assembleia anual do FMI e do Banco Mundial, vão de encontro a um erro assumido pelo FMI, no que diz respeito aos efeitos da austeridade na economia dos países. O impacto recessivo é bem superior, sendo que Portugal, Espanha e Grécia estão a pagar o preço desse equívoco.

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