Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger, físico e teórico austríaco que realizou uma obra notável na área da Mecânica Quântica, é hoje homenageado pela Google, no dia em que se assinala o 126.º aniversário do seu nascimento. O ‘Gato de Schrödinger’ é retratado neste doodle de 12 de agosto.

Erwin Schrödinger nasceu em Viena, Áustria, a 12 de agosto de 1887, tornando-se num dos mais reputados cientistas, cuja obra contribuiu de forma decisiva para o desenvolvimento da mecânica quântica.

A obra de Erwin Schrödinger destaca-se pela importância que o aspetos filosóficos da ciência. O seu mais conhecido trabalho, criado em 1935, foi também o mais polémico: consiste num gato simultaneamente vivo e morto, trabalho que surgiu um ano depois de Erwin Schrödinger ganhar o Prémio Nobel de Física.

O ‘Gato de Schrödinger’ é, provavelmente, o mais estranho, já que admite a hipótese de um ser vivo – neste caso, um gato – poder estar simultaneamente vivo e morto. Como é óbvio, trata-se de uma experiência dentro do campo imaginário, ainda que com aplicação prática.

Erwin Schrödinger, um dos mais brilhantes cientistas do século XX, usa um gato como cobaia, sendo que se socorre da mecânica quântica, o ramo da física que estuda o mundo das partículas subatómicas (menores que os átomos).

O físico austríaco pretendia provar que o comportamento das partículas subatómicas parece ilógico se aplicado numa situação simples: um gato fechado numa caixa, exposto a partículas radioativas. Caso estas circulassem pela caixa, o gato morreria. Caso contrário, ele permaneceria vivo.

No entanto, no campo do subatómico, segundo propõe Erwin Schrödinger, as duas possibilidades poderiam ocorrer simultaneamente: o gato vivo e morto.

De acordo com o trabalho do físico austríaco, segundo a física quântica, bastaria uma fonte de luz utilizada para que o fenómeno do gato simultaneamente morto e vivo pudesse ocorrer, ainda que por culpa do colapso das partículas subatómicas só uma pudesse ser visionada.

Apesar da dificuldade em compreender esta teoria, Erwin Schrödinger viu redobrado o seu reconhecimento, ao ponto de se tornar num dos mais importantes físicos do seu tempo. “Este exemplo mostra que ainda não entendemos as implicações mais profundas da mecânica quântica”, explicou o holandês Gerardus ‘t Hooft, Nobel de Física em 1999.

Erwin Schrödinger dedicou-se ainda aos aspetos filosóficos da ciência, assim como à ética e às religiões orientais e antigas. Schrödinger, 1961, é hoje recordado com um google doodle.