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Fim das comissões cobradas nas contas à ordem é exigido por 90 mil ao Parlamento

multibancomultibancox510Os bancos cobram comissões “abusivas” nas contas à ordem, como refere a petição que ontem foi entregue na Assembleia da República. Mais de 90 mil consumidores responderam ao apelo da Deco e assinaram o documento a exigir o fim dessas comissões.

A associação de defesa do consumidor Deco apresentou ontem ao Parlamento uma petição, assinada por mais de 90 mil cidadãos, a exigir o fim da cobrança de comissões nas contas à ordem. Os signatários consideram a atitude dos bancos “abusiva” e demonstram aos deputados que as remunerações pagas pelos depósitos têm sido ‘engolidas’ por essas comissões.

“Estas comissões bancárias prejudicam todos, mas especialmente os que têm menos dinheiro e um saldo médio mais baixo”, justificou Jorge Morgado, secretário-geral da associação de defesa dos consumidores, citado pela Lusa: “por causa destas comissões, muitas pessoas chegam a tirar o dinheiro do banco e voltam a pô-lo debaixo do colchão”.

A petição apresenta números para comprovar a tendência, como pode ser lido no site da Deco: “de acordo com os dados que a Deco recolheu junto das instituições autorizadas a operar em Portugal, as comissões de manutenção de conta subiram, em média, mais de 40 por cento desde 2007”.

Outro número avançado é 30,9 por cento, constante no relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal de 2012: isto significa, em média, que uma em cada três queixas recebidas pelo regulador referem-se a problemas com as comissões nas contas de depósito.

No entender da associação e dos signatários da petição, as contas à ordem são “imprescindíveis à gestão básica da vida financeira de qualquer cidadão”, pelo que qualquer cobrança que não corresponda a um serviço é “abusiva” e penaliza os consumidores com menos recursos.

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