Um sms enviado por um programador inglês, a 3 de dezembro de 1992, pretendia ser um modo de comunicar dentro de uma empresa. Mas as duas palavras que Neil Papworth escreveu há 20 anos fizeram história. Aquela mensagem deu origem a um serviço global, que ganhou o nome de sms, acrónimo de ‘short message service’ [serviço de mensagens curtas].

A primeira mensagem sms tinha um texto curto: “Merry Christmas” [Feliz Natal] e foi enviada por Neil Papworth, através de um computador, para um amigo que trabalhava na multinacional Vodafone, em Inglaterra. Cumprem-se hoje duas décadas de um episódio que nem o próprio Papworth pensara que iria ter tamanha importância.

Desde então, o serviço de sms cresceu de forma abrupta e transformou-se numa das principais formas de comunicação da atualidade, fenómeno que foi travado com o advento das redes sociais e de outras plataformas de comunicação através de dispositivos móveis.

O autor do primeiro sms do mundo lembra que “ninguém fazia ideia do quão gigantesco se tornaria o fenómeno do envio de mensagens escritas”. Neil Papworth, que em 1992 era um jovem que trabalhava em novas tecnologias de comunicação, pensou que o sms seria um modo muito eficaz de comunicação entre funcionários da empresa.

Não deu grande relevância ao envio da mensagem escrita e estava longe de imaginar que, mais do que um modo de comunicação interna, o sms iria tornar-se num modo de comunicação global.

Ao longo dos anos, o sms transformou-se num dos mais utilizados meios de envio de mensagens através de telemóveis. O crescimento deste serviço foi brutal e nos últimos tempos acabou por ser travado pelo advento das redes sociais, sobretudo, que permitem o envio de mensagens escritas.

O sms foi um serviço que nasceu numa altura em que os telemóveis se afirmavam (hoje, um objeto indispensável) e no tempo em que o uso dos espaços de telefone públicos era um hábito muito comum. Surgiu numa altura em que a Internet não ‘residia’ na maioria das casas.

Entre 2007 e 2010, a quantidade de mensagens enviadas por este método triplicou, de 1,8 biliões para seis biliões. Em Portugal, apenas no terceiro trimestre 2012, os portugueses recorreram ao serviço por 7000 milhões de vezes. Assinala-se uma queda de seis por cento.

Desde o advento do sms, a história da comunicação evoluiu, com ferramentas cada vez mais poderosas. Talvez estas mensagens de texto consigam ainda sobreviver graças aos tarifários que lhe conferiram gratuitidade. Talvez um dia o sms seja um serviço do passado. Mas definitivamente vai ficar gravado na história.