Líder dos azuis e brancos critica duramente a Federação Portuguesa de Futebol e estranha o silêncio de alguns responsáveis pelo desporto nacional. Pinto da Costa mostra-se também revoltado com o desgaste de João Moutinho e Varela no Gabão.

Portugal jogou esta quarta-feira frente ao Gabão, numa partida amigável que, diga-se, serviu de pouco para a parte desportiva, mais monetária na verdade. A Federação Portuguesa de Futebol encaixou qualquer coisa como 800 mil euros com a viagem a África.

As críticas surgiram ainda antes da partida, mas ganham agora outro tom, sobretudo depois do fraco espetáculo espetáculo a que se assistiu ontem pela televisão.

Jorge Nuno Pinto da Costa mostra-se indignado com a decisão dos responsáveis federativos: “O jogo, realizado numa altura em que os clubes têm provas importantes, como a Liga dos Campeões, é um absurdo”, afirma, dando relevo ao desgaste dos jogadores: “Os nossos jogadores chegam às cinco horas, depois ainda têm de vir para o Porto, e sexta-feira ainda vão para a Madeira”, acrescenta, em declarações proferidas ao Porto Canal.

Recorde-se que os dragões defrontam o Nacional no próximo sábado, partida a contar para a Taça de Portugal.

O líder dos azuis e brancos estranha ainda o silêncio de alguns responsáveis: “A Federação leva os jogadores para onde lhe apetece. Andam atrás do dinheiro à custas deles, têm milhões a prazo e não poupa em nada”, garante.

Já relativamente às escolhas de Paulo Bento, Pinto da Costa também não poupa o selecionador nacional: “Geriu Pepe e Bruno Alves, que são fraquinhos, colocando-os em campo uma parte cada um. Varela jogou 67 minutos, João Moutinho jogou 73”, afirma.

O presidente portista aproveitou ainda para deixar um ‘recado’ aos líderes governamentais: “Lamento que o Secretário de Estado do Desporto (Alexandre Mestre) não tenha impedido este escândalo”, conclui.