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Famílias portuguesas compram menos e já dispensam bens essenciais, adianta Kantar Worldpanel

supermercadoEstudo da Kantar Worldpanel revela que as famílias portuguesas compram menos bens essenciais, como pão, azeite, farinha ou fruta. São efeitos da crise, medidos na análise ao consumo. A queda de volume de compras atinge os 3,7 por cento, valor semelhante ao verificado pela Grécia no segundo semestre do ano passado.

Os portugueses estão a cortar mais em produtos como azeite, farinha, pão e fruta. Estes são os produtos onde se assinalaram as maiores quedas, no primeiro semestre do ano. De acordo com o estudo da Kantar Worldpanel, as famílias portuguesas estão a cortar em bens essenciais.

A queda de volume de compras atinge os 3,7 por cento, segundo aquela empresa de estudos de mercado, o que representa um número muito semelhante ao registado pela Grécia no segundo semestre de 2012. Numa comparação com o primeiro semestre de 2012, cada ida ao supermercado representa hoje um gasto 4,7 por cento inferior. Compra-se menos pacotes de leite, menos água, menos azeite ou até pão.

Este estudo da Kantar Worldpanel resulta da análise a 4000 lares, de Portugal Continental, que são reiteradamente analisados para avaliar as mudanças de consumo das famílias portuguesas.

Comprar produtos de marca branca nas grandes cadeias de distribuição e eliminar os bens dispensáveis já não é suficiente para algumas famílias conseguirem equilibrar o orçamento familiar, no que diz respeito à fatura do supermercado.

Agora, a maior preocupação de quem compra é evitar desperdícios: tentar impedir que os produtos se estraguem está a levar a uma mudança na quantidade de bens adquiridos.

Segundo o estudo da Kantar Worldpanel, apesar de contenções nas compras, os consumidores portugueses não reduziram a quantidade de deslocações ao supermercado. Mas há famílias sem meios para bens essenciais e outras que reduziram o consumo.

Revela a Kantar Worldpanel que durante o primeiro semestre do ano os portugueses adotaram um modo de sobrevivência, para se adaptarem à crise económica. E assim comprar o essencial representa comprar em menor quantidade.

Já outro estudo, dos produtores de fruta e hortícolas, demonstra que os portugueses preferem comprar fruta nacional. A origem é o primeiro critério de escolha, enquanto a aparência surge apenas em segundo lugar. O objetivo é, sobretudo, ajudar economia portuguesa.

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