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Falta de médicos deixa mais de 30 mil utentes do Baixo Mondego em risco

A não abertura de vagas deixa mais de 30 mil utentes do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Baixo Mondego em risco de não terem médico de família, denunciou hoje a Ordem dos Médicos (OM).

Numa nota enviada à agência Lusa, a Secção Regional do Centro da OM responsabilizou a tutela pela falta de médicos na região.

“O Ministério da Saúde está a prejudicar mais de 30 mil utentes do ACeS do Baixo Mondego, perante a ausência de vagas a concurso”, refere o comunicado da OM, exigindo a contratação urgente de “mais de 20 médicos”.

Para além de “prejudicar os cuidados de saúde primários da região”, a tutela está “a esquecer não só os utentes, como também os jovens especialistas em medicina geral e familiar”, continua a denúncia.

Carlos Cortes, presidente da secção centro da OM, lembrou que a situação tende a agravar-se face à possível reforma de cerca de duas dezenas de clínicos que prestam serviço no ACeS do Baixo Mondego, que abrange os concelhos de Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho, Penacova e Soure, no distrito de Coimbra, da Mealhada (Aveiro) e de Mortágua (Viseu).

No comunicado, a secção acusa ainda o ministro Adalberto Campos Fernandes de “desprezar diariamente” a região.

“Nos dois últimos anos, só foram abertas duas vagas para o ACeS Baixo Mondego no concurso nacional”, quando o agrupamento forma por ano entre 20 a 15 médicos de família, argumentou o presidente da secção.

Esta “profunda incapacidade do Ministério da Saúde” está a motivar a ira da OM, que questiona como é possível “não ter sido aberta qualquer vaga em 2018” para o Baixo Mondego.

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