O poder da maior rede social do mundo permite a empresas estabelecer uma ponte com milhões de utilizadores do Facebook. E daí surgem processos ilícitos, como a compra de ‘likes’, que massificam páginas de conteúdo pouco interessante. E é para promover o crescimento de páginas com verdadeiro mérito que a rede de Zuckerberg promete agir.

Criar uma página no Facebook com milhões de seguidores, a partir de um simples clique no ‘Gosto’, é uma ferramenta fundamental, que permite a empresas e pequenos empresários construir uma plataforma para divulgar os seus produtos.

E o fenómeno intensifica-se, com diversos processos que furam os sistemas de segurança do Facebook e que violam as condições de utilização da rede social. Desde a compra de ‘likes’ ao incentivo para que o seguidor clique na tecla mágica que o prenderá a uma página, vale tudo.

Acontece que a rede de Mark Zuckerberg pretende ter no seu espaço não páginas de massas sem conteúdo de interesse, mas apenas páginas que cresçam pelo mérito do seu conteúdo. Nesse sentido, os falsos ‘likes’ serão banidos, num processo que vai avançar de forma automática.

Segundo revela a Marketing Magazine, todas as páginas vão perder seguidores, sendo que o Facebook estabelece uma média de um por cento de perdas. As páginas que recorreram a processos ilegais de incentivo ao “gosto” deverão sofrer uma quebra acentuada de fãs.

Os sistemas de segurança do Facebook vão ficar protegidos para a propagação de páginas que recorram a métodos de compras por grosso de ‘likes’. Existem já casos de páginas que foram pura e simplesmente apagadas pela rede.

O objetivo desta medida do Facebook é permitir que as marcas de qualidade não sejam prejudicadas pela ascensão meteórica de outras páginas que furam o sistema. Por outro lado, quer que os utilizadores não sejam ‘atacados’ com conteúdo imposto pelos proprietários de certas páginas.

O Facebook poderá mesmo criar um sistema de métrica, que permita perceber se a página tem uma dimensão desajustada no que diz respeito ao número de fãs, tendo em conta o conteúdo que difunde. Além de combater a fraude, a maior rede social quer que as páginas tenham “conteúdos mais relevantes e interessantes”.

No entanto, outros fatores podem justificar estas novas regras que vão avançar no Facebook. É que a rede criou um sistema de pagamentos, que permite a qualquer proprietário de uma página exibir os seus conteúdos em perfis de pessoas que nem sequer seguem as páginas. E esta massificação de ‘likes’ estraga este negócio do Facebook.