Gigantes da tecnologia juntam-se a outras entidades na luta contra os altos preços na prestação deste tipo de serviços. Objetivo é não cobrar mais de 5 por cento do rendimento mensal de cada cidadão para Internet.
Chama-se Alliance for Affordable Internet e como o próprio nome inglês indica trata-se de uma aliança mundial que pretende levar Internet de banda larga aos quatro cantos do mundo, sobretudo a países em desenvolvimento.
De referir desde já que, dos cerca de sete mil milhões de habitantes deste planeta, apenas dois têm acesso a Internet de banda larga.
Além de organizações governamentais e de associações que se dedicam a lutar pelo direito à Internet, caso da World Wide Web Foundation, a Alliance for Affordable Internet conta ainda com alguns reforços de peso como Google, Facebook, Intel ou Microsoft, empresas todas elas privadas que, diga-se, só viriam também a lucrar com o aumento da utilização da Internet a nível mundial.
Medidas
Não há uma varinha mágica para resolver o problema, é claro, mas há muito que pode ser feito.
Um dos objetivos da Alliance for Affordable Internet é criar um género de entidade mundial reguladora que fiscalize os preços praticados nos diversos países, ajudando assim a acabar com os gigantes nacionais que vendem este tipo de serviços por vezes aos preços que bem entendem.
Preços
A Alliance for Affordable Internet quer que, no espaço de poucos anos, nenhum cidadão mundial precise de gastar mais de 5 por cento em serviços de Internet do que aquilo que ganha mensalmente.
Façamos então as contas. Em Portugal, uma pessoa que ganhe o salário mínimo (485 euros), não poderia pagar mais de 24.25 euros por mês para ter Internet de banda larga em sua casa.
A missão da Alliance for Affordable Internet não é impossível mas parece de facto muito ‘sonhadora’, sobretudo pelos prazos que foram já determinados para conseguir tal feito – até final de 2015.