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Eutanásia de Brittany antecedeu nova lei na Califórnia em quase um ano

Lembra-se de Brittany Maynard, a americana com cancro que trocou a Califórnia por Oregon para poder optar pelo suicídio assistido? Quase um ano depois, o governador Jerry Brown assinou uma lei que legaliza a eutanásia na Califórnia.

Há quase um ano, a história de Brittany Maynard comoveu o mundo. Vítima de um tumor cerebral incurável, a mulher de 29 anos teve de mudar da Califórnia para o Oregon (EUA) porque vivia num estado onde a eutanásia era ilegal.

A norte-americana escolheu o dia 1 de novembro para morrer em casa, junto da família e dos amigos mais próximos, “com dignidade”. Antes de partir, deixou várias críticas à forma como o país trata os pacientes terminais. À data, só quatro estados (Oregon, Washington, Montana, Vermont) tinham legalizado o suicídio assistido.

“Hoje é o dia que escolhi para passar com dignidade esta fase da minha doença terminal, este terrível tumor no cérebro que tirou tanto de mim”, despediu-se Brittany Maynard, com uma mensagem publicada no Facebook.

Se tivesse agonizado por 12 meses (os médicos deram-lhe uma esperança de vida até seis meses, mas o cancro era muito agressivo), Brittany Maynard já poderia morrer “com dignidade” na casa de San Francisco, na Califórnia. Ontem, o governador Jerry Brown assinou a lei que tornou a Califórnia no quinto estado onde a eutanásia é permitida.

“Estou muito agradecido ao governador, que acabou por chegar à mesma conclusão de Brittany: que apenas ela podia tomar essa decisão”, salientou o antigo marido de Brittany Maynard, Dan Díaz.

A nova lei deixou Debbie Ziegler, a mãe de Brittany, “muito emocionada”.

De acordo com o texto promulgado pelo governador Jerry Brown, um paciente em estado terminal pode pedir o suicídio assistido por escrito e na presença de duas testemunhas, sendo que uma delas não pode ter relação familiar com o paciente.

O pedido tem de ser depois aprovado por dois médicos, aos quais compete a prescrição do cocktail de medicamentos para a eutanásia.

Esses medicamentos têm de ser ingeridos pelo próprio paciente, diz ainda o texto da lei.

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