Nas Notícias

PSD defende o ‘sim’ e o ‘não’ sobre o referendo à eutanásia

Dividido quanto à realização de um referendo à eutanásia, o PSD resolveu o problema colocando dois deputados a intervir, um a favor do ‘não’ e outro pelo ‘sim’.

A questão agitou a reunião da bancada parlamentar social-democrata, que antecedeu a discussão em plenário (esta tarde) da iniciativa popular que pede um referendo à eutanásia, iniciativa essa que será votada amanhã pelo Parlamento.

O principal foco de divisão foi a moção que tinha sido aprovada em congresso, a defender a realização de um referendo à eutanásia.

Na reunião da bancada parlamentar, realizada à porta fechada, Pedro Rodrigues (que tem sido um público defensor do referendo) acusou o partido de, ao recusar seguir essa moção, estar a colar-se ao PS (que não pretende o referendo).

Houve também deputados a manifestar-se a favor de uma consulta popular, mas contra a questão que é formulada na iniciativa a ser votada amanhã (“Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?”).

Um outro grupo considerou que referendar a eutanásia atenta contra liberdades constitucionais, entendendo tratar-se de matéria de competência específica da Assembleia da República.

Sem posição definida, o PSD concedeu liberdade de voto e levou ao debate um deputado a favor do ‘sim’ à realização do referendo (Paulo Moniz) e uma deputada pelo ‘não’ à consulta popular (Mónica Quintela).

Foram “posições antagónicas” manifestadas com “respeito e elegância”, adiantou o presidente da bancada parlamentar do PSD, Adão Silva.

“Felizmente não foi unânime”, acrescentou o líder parlamentar social-democrata.

Questionado sobre a compatibilidade da liberdade de voto com a moção que tinha sido aprovada em congresso, Adão Silva explicou que essa moção “não traz essa imposição que alguns lhe querem conferir”.

Em destaque

Subir