Mundo

Eurovisão pode boicotar Jerusalém

De forma velada, a organização da Eurovisão admitiu que pode boicotar a escolha de Jerusalém para acolher a edição de 2019. “Não comprem já os voos”, advertiu.

Foi a vencedora deste ano, Netta Barzilai, quem avançou com a hipótese da Eurovisão de 2019 se realizar na cidade que quase todo o mundo reconhece como internacional, não como estando sob soberania de Israel.

“Para o ano, vemo-nos em Jerusalém”, afirmou a intérprete de ‘Toy’.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyhau, aproveitou de imediato a onda, anunciando a escolha da cidade santa para acolher a 64.ª edição do festival europeu da canção.

Só que a decisão final compete à Eurovisão e o supervisor executivo, Jon Ola Sand, já tinha manifestado dúvidas quanto à escolha de uma cidade que poderia levar vários países a boicotar o concurso.

Agora, a própria conta do festival no Instagram veio avisar os fãs para não comprarem já as passagens aéreas para Jerusalém.

“Já se estão a preparar para a Eurovisão do próximo ano? Nós também! Mas não comprem já as passagens aéreas, para atualizações sobre onde e quando vai ser realizada mantenham-se atentos aos nossos canais oficiais”, informou a organização.

O anúncio de Netta e Benjamin Netanyhau coincidiu com a polémica decisão dos EUA de mudarem a embaixada de Telavive, a cidade que quase todo o mundo reconhece como capital de Israel, para Jerusalém.

Desde o fim da II Guerra Mundial e a criação do Estado de Israel que existe um compromisso mundial para não reconhecer Jerusalém como sendo ‘apenas’ israelita, pelo que nenhum país abrira lá uma embaixada.

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=YAAOGSSKXDYY

Em destaque

Subir