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Estudo da UNICEF revela que três em cada dez crianças portuguesas são carenciadas

pobrezaUm relatório da UNICEF sobre pobreza infantil, realizado em 29 países europeus, coloca Portugal na 25.ª posição, onde três em cada dez crianças são vítimas deste flagelo. O estudo baseia-se em dados fornecidos pela União Europeia em 2009, antes do apogeu da crise económica e financeira.

O Gabinete de Investigação da UNICEF estudou a pobreza e a privação infantil em 29 países europeus industrializados, segundo o Índice de Privação Infantil.

Os critérios avaliados neste estudo determinaram os níveis de situação financeira, habitação, alimentação, vestuário, tempos livres, comunidade onde estão inseridos (ruído, poluição e criminalidade) e ainda o nível social (amigos, festas e viagens escolares).

Segundo os critérios de avaliação, uma criança é considerada “carenciada” quanto não possui duas ou mais de 14 variáveis de base. Por exemplo, três refeições diárias, local tranquilo onde fazer os trabalhos de casa, livros educativos em casa e ainda ligação à Internet.

Os casos mais preocupantes surgem nos países de leste, como é caso da Roménia, que apresenta-se níveis de 70 por cento e a Bulgária com 50 por cento.

Já Portugal ocupa o 25.º lugar, onde cerca de 27 por cento das crianças sofrem com carências. Entre as privações, os índices revelam que as crianças portuguesas têm falta de 11 ou mais itens.

A situação financeira é a mais preocupante, com 43,3 por cento das crianças atingidas, seguindo-se os tempos livres com 29,9 por cento. O convívio social apresenta com percentagens de 26,4 por cento, a educação com 25,8 pontos percentuais e, por último, a alimentação chega aos 6,4 por cento.

Os países que ocupam os primeiros lugares – com menor pobreza e privação infantil – localizam-se no norte da Europa, com a Finlândia a liderar a tabela. 

Os resultados serão apresentados do dia de hoje, em Bruxelas, concluindo-se que as famílias monoparentais e numerosas, onde os pais estão desempregados e apresentam baixos níveis de escolaridades, são as mais vulneráveis.

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