Os cidadãos europeus usam cada vez mais a Internet, segundo um estudo do Eurostat. A percentagem de pessoas com idades entre 16 e 74 anos que nunca acedeu à rede desceu de 42 para 24 por cento, nos últimos cinco anos. Em Portugal, a quebra é também acentuada (de 60 para 40 por cento), ainda que a taxa de utilização seja inferior à média europeia.

A pesquisa realizada pelo Eurostat, autoridade estatística da União Europeia, que analisa dados desde 2006, comprova que a utilização da Internet está a disseminar-se entre os cidadãos da União Europeia. Em 2011, verifica-se que apenas 24 por cento dos europeus nunca acedeu a esta ferramenta, o que contrasta com os 42 por cento de 2006 – ano em que foi iniciada esta análise.

O estudo – que analisa a utilização da Internet, por parte de pessoas com idades compreendidas entre 16 e 74 anos – conclui ainda que há uma percentagem elevada, no que diz respeito ao uso doméstico.

Existem 68 por cento cidadãos que têm Internet em casa, o que representa mais do dobro, comparativamente com dados de 2006. Nessa altura, apenas três em cada dez casas tinha Internet.

Outro dado relevante a retirar do estudo do Eurostat é a taxa de utilização dividida por países. A Holanda é o país que regista maior taxa de utilização doméstica, com uma percentagem elevada: 94 por cento. Luxemburgo e Suécia seguem-se, com 91 por cento.

A Bulgária ocupa o último lugar, com apenas 45 por cento, muito perto da Roménia (47 pontos percentuais, e da Grécia, onde metade dos lares tem este serviço.

Numa análise à realidade nacional, verifica-se que Portugal acompanha estes avanços positivos. Apesar de 40 por cento dos portugueses admitirem que nunca acederam à Internet, verifica-se uma diminuição significativa.

Em 2006, essa percentagem era bem superior: 60 por cento. Portugal continua, no entanto, abaixo da média europeia. O Eurostat revela que Portugal tem a quarta pior taxa de uso da rede mundial.