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Estrangeiros qualificados com práticas culturais são maioria no Museu da Música

Estrangeiros qualificados com cerca de 40 anos e níveis elevados de práticas culturais compõem a maioria do público que frequenta o Museu Nacional da Música, em Lisboa, de acordo com um estudo hoje divulgado.

O estudo, organizado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), surge na sequência de uma análise global de públicos dos museus nacionais realizada em 2015 e divulgada em 2016.

Com base nestes dados, a DGPC tem estado a divulgar estudos individuais dos 14 museus tutelados que participaram na pesquisa, e o do Museu da Música foi hoje apresentado publicamente.

No caso do Museu da Música, o estudo apurou que o perfil do visitante é predominantemente estrangeiro – no total são 37 nacionalidades registadas -, igualmente repartido entre homens e mulheres, e qualificado em termos escolares e profissionais, com níveis elevados de práticas culturais, incluindo as visitas a museus.

A média de idades neste museu situa-se nos 42 anos, 71 por cento com pós-secundário ao nível da escolaridade, e com maior predominância nas profissões de especialistas das atividades intelectuais e científicas, de 65 por cento.

Tal como no estudo global dos museus, no Museu da Música os públicos estrangeiros são relativamente mais escolarizados e qualificados em termos profissionais do que os visitantes nacionais, segundo os dados hoje divulgados.

Quanto aos públicos de nacionalidade portuguesa – 44 por cento do total -, destes, 3 por cento residem no estrangeiro, valor equivalente ao do conjunto dos museus participantes no estudo.

Os públicos nacionais residem maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa (AML) (73 por cento), região onde se localiza o Museu da Música, mais precisamente na cidade de Lisboa.

Para além do grande destaque da AML, merecem ainda referência as regiões do Norte (10 por cento) e Centro (8 por cento).

Os públicos estrangeiros têm diversas proveniências, entre as quais se destaca com clareza a França, com um quinto dos inquiridos estrangeiros.

Outros países com percentagens significativas, embora a larga distância de França, são o Brasil (10 por cento), a Espanha e a Itália (ambos com 9 por cento).

Somados, os públicos provenientes destes quatro países representam quase metade dos estrangeiros, indica o estudo.

Os públicos são provenientes de todos os continentes, embora com a previsível predominância europeia, que significa 78 por cento do total.

Quanto à duração da visita, situa-se, para uma parte significativa dos públicos (47 por cento), entre os 30 e os 60 minutos, ou seja, predominam as visitas rápidas, facto reforçado pelo peso considerável das visitas com menos de meia hora (35 por cento), indicam os dados recolhidos.

Sobre as motivações para a visita, das dez consideradas no inquérito, destacam-se o interesse pelo museu (91 por cento), conhecer ou rever a exposição permanente (63 por cento) e ainda, apesar de menos relevante que as anteriores, acompanhar familiares/amigos/outras pessoas (43 por cento).

As menos referidas são assistir a palestras, colóquios (17 por cento) e participar em atividades específicas para crianças, seniores ou outros grupos (14 por cento) e fazer a visita guiada organizada pelo Museu (12 por cento).

Os resultados tiveram como base uma amostra retirada no Museu da Música constituída por 399 questionários, dos quais 46 por cento de portugueses e 54 por cento de estrangeiros.

O estudo tem como parceiro científico o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).

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