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Estado em ‘dieta’ perde 9282 funcionários ao longo do primeiro semestre do ano

helder rosalinoO Estado perdeu 1,6 por cento dos funcionários públicos, ficando perto da meta de dois por cento ao ano definida com a troika para o primeiro semestre do ano. De acordo com os dados do Governo, a Administração Pública tinha 574.946 funcionários no final de junho.

O Estado continua a ‘emagrecer’, tendo ficado mais perdo da ‘dieta’ definida pela troika e estampada no Orçamento de Estado. Tendo de cair dois por cento ao ano, o emprego na Administração Pública baixou 1,6 por cento apenas nos primeiros seis meses do ano. São 9282 funcionários públicos a menos desde o final de dezembro de 2012, de acordo com os números avançados na Síntese Estatística do Emprego Público, divulgada pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público.

O documento refere que nas administrações central, local e regional existem 574.946 funcionários. Comparado com o final de 2011, são menos 36.855 trabalhadores, ou uma queda percentual de seis. Só nestes setores, o Estado emprega cerca de 12,8 por cento dos trabalhadores no ativo. A administração central, a que tem maior peso (cerca de 74,5 por cento dos funcionários públicos), foi a que mais perdeu: 1,8 por cento.

Apesar de estar perto de cumprir o objetivo dos dois por cento, o Governo quer ir mais além do que a troika. Só em aposentações, as estimativas apontam para que 20 mil trabalhadores deixam a Administração Pública ainda este ano. O número será engrossado se o Tribunal Constitucional não validar as dúvidas do Presidente da República, que enviou o diploma de requalificação para verificação.

Enquanto a meta para o ‘emagrecimento’ está prestes a ser conseguida, o objetivo de redução dos contratos a termo está no polo oposto. O Governo pretendia dispensar metade dos atuais trabalhadores com esse vínculo, que liga 12,5 por cento dos funcionários públicos ao Estado, mas no primeiro semestre apenas saíram 6,2 por cento.

 Com 68.633 contratos a termo válidos no final de junho, o Governo estava ‘obrigado’ a não renovar com cerca de 30 mil trabalhadores, de forma a cumprir o objetivo de redução em 50 por cento. Se quiser cumprir, o Estado não poderá renovar com 25.466 trabalhadores até ao final do ano.

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