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“Estado depende muito dos precários”, salienta Catarina Martins

A integração dos precários continua a afastar BE e PS. E o Estado, “quem devia combater a precariedade”, é quem mais abusa do vínculo precário, apontou a líder bloquista, Catarina Martins.

A integração dos precários do Estado tem sido lenta e cheia de “perversidades”, que derivam em especial da “falta de vontade”, continuou, numa entrevista à Renascença.

“Quando vejo os reitores e diretores das faculdades, a dizerem que os seus investidores ou professores convidados não são precários, quando estão há décadas sem vínculo à faculdade, acho que estão a pensar muito mal e a boicotar este processo”, acusou Catarina Martins.

A bloquista deu mesmo o exemplo da FCSH, uma “grande faculdade” que só tem “três investigadores no quadro”.

“É preciso fazer um trabalho de responsabilização das chefias que estão claramente a minar a lei feita pelo Parlamento e a boicotar o processo de integração de precários”, sustentou.

Só assim se entende, continuou, que “quem devia combater a precariedade é quem tem precariedade de forma mais aguda”, ou seja, o Estado.

“O Estado tem dependido muito do trabalho precário e as pessoas arrastam-se, às vezes há 10, 20 anos, sempre com vínculo precário”, denunciou Catarina Martins.

Na mesma entrevista, a líder bloquista avisou o PS para não deixar “dossiês complicados” para a próxima legislatura, como no caso do descongelamento das carreiras dos professores.

“Ninguém perceberia que um Governo, em dossiês complicados de gerir, estivesse à espera que seja o Governo seguinte a resolver”, concluiu.

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