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Espionagem: O “esforço” dos EUA, admite John Kerry, foi “longe demais”

john kerry 210john kerry bigOs EUA conseguiram, através da espionagem, impedir “que caíssem aviões” e “que pessoas fossem assassinadas”, sustenta John Kerry, admitindo que, “em alguns casos, isso foi longe demais”. “Esforçámo-nos por recolher informações”, explica o secretário de Estado.

A espionagem a altas figuras de países ‘amigos’ é assumido pelos Estados Unidos como um dano colateral. O secretário de Estado John Kerry confessou que os serviços secretos terão ido “longe demais” ao escutar “inadequadamente” as conversações de aliados, mesmo sem que tenha citado nomes.

“Esforçámo-nos por recolher informações. E sim, em alguns casos, isso foi longe de mais inadequadamente”, reconheceu ontem o chefe da diplomacia norte-americana. A luta contra o terrorismo foi a justificação apresentada: “impedimos que caíssem aviões, que explodissem edifícios e que pessoas fossem assassinadas, porque estávamos em condições de estar ao corrente dessas intenções. Garanto-vos que neste processo não foram afectadas pessoas inocentes”.

Johh Kerry, que marcava presença numa conferência telefónica com o homólogo britânico, William Hague, frisou sempre o terrorismo como o motivo pelo qual a agência NSA procedeu a escutas de 35 altos dirigentes de países estrangeiros, alguns dos quais aliados, como Brasil, Alemanha, França, Espanha e Itália.

“Esforçámo-nos por recolher informações. E sim, em alguns casos, isso foi longe de mais inadequadamente”, sublinhou John Kerry, que não deixou de lado os atentados de 11 de setembro de 2001 (Nova Iorque), março de 2004 (Madrid) e de julho de 2005 (Londres). Foi graças à espionagem, entre milhões de conversas escutadas, que os EUA conseguiram evitar atentados semelhantes, garantiu o secretário de Estado.

“Em certos casos, admito, como o fez o Presidente, algumas das acções foram longe de mais e vamos certificar-nos de que isso não voltará a acontecer”, complementou o chefe da diplomacia norte-americana. Kerry deixou ainda a garantia de que o Presidente, Barack Obama, “procedeu a um exame para que ninguém se sinta enganado” com a realização das escutas e que se mantém “empenhado em tentar clarificar” a situação junto dos países aliados.

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