Espanha permite regresso ao trabalho de quem não pode fazê-lo a partir de casa
O Governo espanhol decidiu hoje que os trabalhadores em atividades não essenciais que não conseguem trabalhar em casa podem regressar às suas atividades laborais a partir de segunda-feira, 13 de abril, mas propõe manter o estado de emergência.
O Conselho de Ministros espanhol também decidiu propor ao parlamento prolongar o estado de emergência em vigor durante mais duas semanas, de 11 até 25 de abril.
Todos aqueles que trabalham em casa vão continuar a fazê-lo, mas os que não o podem fazer são autorizados a deslocar-se, apenas até ao seu local de trabalho, uma medida que esteve suspensa durante duas semanas.
Esta “medida excecional” afetou, por exemplo, os trabalhadores em setores como a construção, que ficaram em casa durante as últimas duas semanas com licença remunerada, recebendo o respetivo salário normalmente.
Estes trabalhadores terão de compensar os empregadores, de “forma paulatina”, por este período de inatividade, até ao fim do ano.
A porta-voz do executivo espanhol e ministra das Finanças, María Jesús Montero, considerou que a medida de suspensão da atividade económica que termina esta semana “tem sido extraordinariamente eficaz” e que, a partir de agora, serão tomadas mais medidas para retomar o resto do trabalho.
Segundo ela, o Governo espanhol está “a trabalhar em vários cenários e a seu tempo anunciará” essas medidas, que dependem da evolução da pandemia.
“Serão adotadas à medida que formos assistindo à diminuição” da pandemia, disse Montero, depois de sublinhar que o executivo não quer especular sobre o regresso ao trabalho normal, uma vez que isso dependerá de questões técnicas e científicas.
“Estamos a fazer as coisas com prudência. O que é urgente é tentar voltar ao trabalho normal na próxima semana”, insistiu.
A população vai assim continuar confinada em casa, podendo apenas deslocar-se para ir trabalhar, aqueles que não o podem fazer através de teletrabalho, ou para abastecer-se de bens essenciais.
A Espanha é um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, responsável pandemia da covid-19, que já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.