Esforço para equilibrar forças no WEC
A FIA e o Automobile Clube de L’Ouest (ACO) decidiram dar várias concessões aos concorrentes da categoria LMP1 não híbridos no Campeonato do Mundo de Resistência (WEC).
Esta medida destina-se a nivelar mais a competição na categoria principal face aos Toyota TS050 Hybrid, que se impuseram nas 24 Horas de Le Mans mas com 12 voltas de vantagem sobre o melhor não híbrido, um Rebellion. Uma diferença considerada exagerada por muitos e agora também pelos organizadores do WEC.
A maior mudança que vai ser introduzida para a próxima prova – as 6 Horas de Silverstone – é a redução da vantagem em 0,25 por cento – que em Le Mans equivale a meio segundo por volta. Além disso os LMP1 não híbridos recebem um aumento de fluxo de combustível de 108 para 115 kg/h, juntamente com um aumento de fluxo nos reabastecimentos.
Os carros com motores atmosféricos como o Gibson que anima os dois Rebellion B13 e os BR1 da DragonSpeed, vão ter uma redução de 15 kg no peso mínimo, que se mantém inalterado nos dois Toyota.
O delegado técnico do ACO, Thierry Bouvet, indicou que o impacto do nível de performance em Le Mans foi inesperado daí resultado uma performance mais baixa dos LMP1 não híbridos. “Como resultado dos estudos que fizemos no inverno demos às equipas privadas um fluxo de combustível para lhes proporcionar níveis de performance mais próximos dos carros híbridos. Quando depois vimos a informação recolhida no prólogo, na primeira prova em Spa e no dia de teste em Le Mans, nada indicava o que depois se viu em Le Mans”, justificou o mesmo responsável.
Aliás, Bouvet chama a atenção do facto do melhor tempo dos LMP2 ter melhorado 2,4 segundos em comparação com apenas 0,2s dos LMP1 não híbridos. “Vários fatores podem explicar isto, como as diferentes condições da pista ou porque as equipas não queriam comprometer a fiabilidade. E depois múltiplos parâmetros contextuais podem também afetar certas estimativas de equilíbrio de performance”, acrescentou o delegado técnico do ACO.
