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“Erro”, diz Portas, que nega decisão do Governo em avançar com cortes de pensões definitivos

paulo portas7No Parlamento, o vice-primeiro-ministro considerou um “erro” a revelação de que o Governo vai  avançar com um corte de pensões permanente. Na manhã de hoje, Paulo Portas desmentiu o secretário de Estado da Administração Pública e comentou o briefing do Ministério das Finanças, onde foi revelado que o executivo se prepara transformar em definitivos cortes provisórios nas pensões de reforma, a partir de 2015. “O Governo não pode ter tomado qualquer decisão política”, garantiu.

Paulo Portas foi hoje confrontado com a intenção do Governo em transformar os cortes provisórios nas pensões em permanentes, a partir de 2015. Essa medida foi divulgada pelo secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins.

Mas o vice-primeiro ministro não confirma a medida. “O que aconteceu foi um erro, não devia ter acontecido”, garantiu Paulo Portas, referindo-se ao anúncio do secretário de Estado.

Paulo Portas garantiu na manhã de hoje, na Assembleia da República, que “o grupo de trabalho não concluiu a sua tarefa”, nem sequer fez qualquer proposta.

“O Governo não pode ter feito qualquer avaliação política, muito menos tomado qualquer decisão política”, referiu ainda Portas, que não conhece qualquer documento que preveja que os cortes provisórios nas pensões passem a ser definitivos a partir do próximo ano.

O debate de hoje foi marcado pelo Bloco de Esquerda, e versava o pós-troika. No entanto, o partido quis saber que Portas confirmava que os cortes nas pensões seriam definitivos.

João Oliveira, deputado do Bloco, acusou Portas de ser “um gestor de negócios das forças ocupantes”, numa alusão à troika, acusação que irritou o vice-primeiro-ministro.

Por seu turno, a também bloquista Catarina Martins afirmou que não tem dúvidas de que os cortes nas reformas serão mesmo permanentes. “Um secretário de Estado anuncia, o ministro nega… Mas todos sabemos o que nos prepara”, realçou.

Recorde-se que a alegada intenção do Governo em tornar os cortes nas pensões em definitivos, a partir de 2015, foi anunciada pelo secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins.

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