O número de alunos colocados nas Universidades e Politécnicos nacionais é o mais baixo desde 2006. Contribuem para estes valores a redução de vagas, mas também da procura.
De acordo com o Jornal de Notícias, na primeira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior foram colocados 40.415 estudantes – cerca de 90 por cento dos candidatos. Os números deste ano significam, porém, decréscimos de 4,3 por cento face ao ano passado e 11,4 relativamente a 2010.
Mais de metade (54 por cento) dos estudantes ficou colocada na sua primeira escolha; no entanto, à maioria (87 por cento) coube em sorte uma das três primeiras opções (em seis possíveis).
Observa-se a mais alta taxa de colocação na Universidade do Porto (99 por cento), seguindo-se o ISCTE com 96 por cento, e as universidades Técnica e Nova de Lisboa, ambas com 95 por cento de ocupação.
Por sua vez, as instituições com menos colocados são a Universidade do Algarve, com 1/3 das vagas por preencher, e o Instituto Politécnico de Tomar, o qual conseguiu prover apenas 27 por cento dos lugares disponíveis.
A licenciatura em Medicina continua a ter as notas mais elevadas, nomeadamente na Universidade do Porto e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, nas quais os últimos colocados entraram com média de 18,3 valores.
Em 28 cursos (quase todos no Ensino Politécnico), a nota de acesso foi negativa, isto é, abaixo de 10 valores; verifica-se a nota mínima possível (9,5 valores) em licenciaturas como a de Marketing, na Universidade da Beira Interior; Gestão de Recursos Humanos, na Universidade Técnica de Lisboa; Educação Básica, no Instituto Politécnico de Bragança; entre outras.
Cursos há, por outro lado, nos quais menos de 10 alunos foram colocados: um total de 203, dos quais 179 pertencem ao Ensino Politécnico; constam mesmo 57 licenciaturas – sendo a maior parte igualmente dos Politécnicos – em que não se verifica uma única colocação.
Para a segunda fase, que decorre entre os dias 10 e 21 deste mês, ficaram mais de 12 mil vagas, maioritariamente no Ensino Politécnico (mais 368 vagas do que no ano pretérito). Além desta, há ainda a terceira fase deste concurso, à qual se juntam os concursos com vagas próprias: os locais, os de instituições de ensino militar e policial, os para maiores de 23 anos, e outros regimes específicos de acesso.
