A 65.ª edição do Salão Automóvel de Frankfurt já decorre, estando em plano de destaque os modelos híbridos e os ‘Sport Utility Vehicle’. Uma moda, talvez, mas que corresponde a um mercado em expansão, por isso muito apetecível para a maioria dos 40 construtores representados no certame.
Mas se os SUV são uma moda, as energias alternativas parecem ter vindo para ficar, com uma quantidade razoável de modelos elétricos e híbridos, com ênfase à autonomia, dada a falta de estruturas de recarga.
E neste capítulo haverá que destacar algumas propostas feitas pela Audi incorporando as tecnologias híbridas na sua gama de compactos A3, chegando mesmo às versões mais desportivas S3.
A grande vedeta da marca dos quatro anéis é o Sport Quattro. Um desportivo híbrido de ligar à tomada no sentido literal da palavra, cujo lançamento está previsto apenas para 2016, e cujo preço deverá superar os 200 mil euros.
Contrariamente ao Sport Quattro original, equipado com um motor turbo cinco cilindros de 300cv, este novo modelo conta com um sistema ‘plug-in’ (de ligar à tomada). Combina um motor a gasolina 4.0 TFSi V8 (o mesmo que equipa a carrinha RS6) com 560 cv e um motor elétrico que oferece mais 150 cv, passando a potência combinada para uns eloquentes 700 cv.
Exteriormente o novo Sport Quattro surge como um evolução do ‘concept’ com o mesmo nome revelado há três anos, expondo uma proeminente grelha, difusores, cavas das rodas musculadas e uma traseira mais inclinada. As jantes de 21 polegadas conferem um visual mais agressivo.
Concorrente do BMW i8 – também apresentado em Frankfurt – o novo Audi Sport Quattro não prescinde de um desempenho desportivo, anunciando uma aceleração de 0 a 100 km/h em somente 3,7 segundos e uma velocidade máxima acima dos 305 km/h.
A solução híbrida permite-lhe também um consumo médio abaixo dos 3 litros aos 100 km, na primeira centena de quilómetros e emissões de CO2 de 58g/km.
Obviamente que grande parte das atenções no espaço da Audi em Frankfurt se vão desviar para o Nanuk. Um modelo desportivo concebido em colaboração com a Ital Design, a empresa de design adquirida pelo grupo Volkswagen e que para além visual agressivo e dimensões de ‘crossover’ tem outros predicados.
Basta atender ao ‘coração’ que mora sob o capot posterior. Um novo motor central V10 TDi de 5 litros com uma potência anunciada de 551 cv, que está ao nível do projeto original, surgido anteriormente no protótipo Giugiaro Parcour.
Os 304 km/h de velocidade máxima anunciada são apenas o resultado de uma obra de engenharia que se destaca também pela transmissão integral quattro acoplada a uma caixa de velocidades de dupla embraiagem S-Tronic, que foi redesenhada para poder suportar o desempenho do conjunto.
Apesar dos seus 1900 kg, o Nanuk é capaz de chegar dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,8 segundos, com um consumo abaixo dos 8 litros a cada centena de quilómetros, sendo o nível da carroçaria controlado e variável consoante as condições da estrada, graças ao recurso à última geração da suspensão adaptativa pneumática.
Depois há jantes de 22 polegadas em pneus 235/50 à frente e 295/45 atrás e os travões em carbono e cerâmica, bem como uma direção ativa que permite às rodas posteriores virar no sentido oposto ao da direção a baixa velocidade de modo a permitir melhorar a manobrabilidade.
Com uma distância entre eixos de 2,710 metros, por uma largura de 1,990 e 1,337 metros, o Nanuk possui um chassis em alumínio ‘space frame’ com painéis da carroçaria revestidos em fibra de carbono reforçada com poliéster.