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Empresas norte-americanas reforçam domínio na venda global de armas

O Instituto Internacional de Estudos de Paz de Estocolmo (SIPRI) apontou hoje que as empresas norte-americanas aumentaram o domínio no comércio global de armas em 2018, para 59 por cento do volume total entre as 100 principais empresas do ramo.

De acordo com o estudo do SIPRI, as vendas das empresas norte-americanas totalizaram 222,3 mil milhões de euros, mais 7,2 por cento do que em 2017 e, pela primeira vez desde 2002, os cinco primeiros do “top 100” pertencem aos Estados Unidos: Lockheed Martin, Boeing, Northrop Grumman, Raytheon e General Dynamics.

“As empresas norte-americanas estão a prepara-se para o novo programa de modernização de armas anunciado pelo Presidente [norte-americano, Donald] Trump em 2017. Muitas juntaram-se para produzir a nova geração de sistemas de armas e estão em melhor posição para fazer contratos com Governo”, observou o estudo.

De acordo com o relatório do SIPRI, que não inclui empresas chinesas devido à falta de dados confiáveis, as vendas das 100 maiores empresas de armas aumentaram 4,6 por cento em 2018, para 379,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 47 por cento desde 2002, data do primeiro estudo do SIPRI.

As vendas das dez empresas russas incluídas na listagem atingiram 32,7 mil milhões de euros, menos 0,4 por cento que em 2017 e representaram 8,6 por cento do total em 2018, devido ao “crescimento substancial” dos rivais norte-americanos e europeus.

As 27 empresas europeias da lista venderam 92,2 mil milhões de euros, pouco mais que em 2017 e com o Reino Unido a representar um terço do total do continente, liderado pela BAE Systems, o sexto produtor mundial.

O volume total de empresas britânicas caiu quase 5 por cento em relação ao ano anterior, em parte devido a atrasos no programa de modernização de armas promovido pelo Governo britânico.

O aumento de 30 por cento nas vendas da fabricante de caças Dassault Aviation levou as empresas francesas a realizarem vendas, no valor 20,9 mil milhões de euros.

Oitenta das 100 empresas incluídas na lista são dos Estados Unidos, da Europa ou da Rússia, e entre as 20 restantes contam-se seis japonesas, três israelitas, três indianas e três sul-coreanas.

As 15 principais companhias de armamento venderam quase seis vezes mais que as restantes empresas que integram a lista das 100 maiores, de acordo com os dados do SIPRI.

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