Full Tilt Poker responde por desvio de verbas, num valor superior a 440 milhões de dólares (ou 321 milhões de euros). Segundo as autoridades norte-americanas, a empresa de póquer online estava descapitalizada e não tinha dinheiro para pagar aos apostadores. A investigação prossegue: Pokerstars e Absolute Poker são os próximos alvos.

As autoridades dos EUA emitiram uma nota na qual explicam que a Full Tilt Poker – um dos mais conhecidos espaços de jogo através da Internet – terá burlado os jogadores, com a utilização indevida de dinheiro que serviria para pagar as apostas.

Na prática, os jogadores de póquer enfrentavam o seguinte cenário: ou perdiam o dinheiro apostado, ou perante uma aposta bem sucedida corriam o risco de não receber o prémio, já que a empresa não tinha fundos.

No passado mês de março, a Full Tilt Poker dispunha de um saldo bancário na ordem dos 60 milhões de dólares. Mas o dinheiro a pagar aos apostadores era bem mais elevado: 390 milhões.

Os próprios funcionários eram pagos com verbas que os apostadores depositavam para poderem jogar. Outras despesas de gestão eram também suportadas por novos apostadores. Há ainda suspeitas de lavagem de dinheiro e outros crimes graves.

Este desvio, que deixou a Full Tilt Poker sem dinheiro, cifra-se nos 321 milhões de euros. As verbas arrecadadas graças aos novos apostadores serviam para pagar as apostas dos mais antigos, através de um esquema de pirâmide.

O caso, que continua a ser investigado desde fevereiro, pode não ser o único. Outras grandes empresas de póquer pela Internet estão na mira das autoridades. As contas da Absolute Poker e da PokerStars, outros gigantes neste negócio, estão a ser escalpelizadas.