A emissão de cheques sem provisão aumentou de forma significativa, durante o ano de 2011, numa inversão de tendência que se registava. Dados do Banco de Portugal apontam para um acréscimo na ordem dos 15 por cento de cheques ‘carecas’, relativamente ao ano anterior, aumento que representa mais 222 milhões de euros.
No ano passado, segundo o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias, os portugueses emitiram cheques ‘carecas’ num valor total de 1600 milhões de euros – mais 222 milhões do que no ano anterior. A quantidade de cheques sem provisão voltou a crescer, contrariando uma tendência que se vinha assinalando, nos últimos anos.
Este dado fornecido pelo Banco de Portugal é revelador das carências económicas dos portugueses, que enfrentaram em 2011 mais dificuldades em garantir receita para suportar os cheques que emitem.
No ano de 2011, assinalou-se uma média diária de 1739 cheques devolvidos pelas instituições bancárias. Cerca de 86 por cento não foram pagos devido a falta de saldo nas contas dos emissores dos cheques. Trata-se de um acréscimo de 15 por cento, relativamente ao ano de 2010.
O aumento de cheques ‘carecas’ é ainda mais significativo, na medida em que cada vez menos os portugueses recorrem a este tipo de pagamento.
