Nas Notícias

Eleições? “Eu não tenho medo dos portugueses nem do seu julgamento”, garante Passos Coelho

Um “orgulho” que surge no dia em que o Instituto Nacional de Estatística confirmou a queda da economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano, em quatro por cento. “Tivemos várias surpresas pelo caminho. Tivemos de adotar, mais do que uma vez, medidas que não tínhamos pensado que fosse necessário adotar”, explicou-se o primeiro-ministro.

“Dificuldades que não eram esperadas”

“Enfrentámos dificuldades que às vezes não eram esperadas, mas nunca deixámos de pôr o interesse do país em primeiro lugar. E ao cabo destes dois anos, julgo que é importante sublinhá-lo, mais de dois terços do ajustamento que o país precisava de fazer está feito”, declarou Passos Coelho.

Até o país “resgatar a autonomia”, em maio do próximo ano, o PSD irá a votos. O presidente do partido está confiante de que os eleitores saberão reconhecer o “papel” desempenhado pelos governantes eleitos: “nós estamos a um ano de fechar aquilo que prometemos aos portugueses, o Programa de Assistência Económica e Financeira. Vamos resgatar a nossa autonomia. Findo isto, recuperaremos o nosso papel próprio, passaremos a ter escolhas próprias para fazer sem ter de prestar contas a cada três meses à troika”.

Antes de deixar “uma nota de confiança e de esperança”, Passos Coelho admitiu saber a “grande dificuldade que o processo de ajustamento trouxe a muitos portugueses”: “eu sei o que é não ter condições para manter uma empresa, o que é ficar desempregado, não ter uma perspetiva no imediato, no médio prazo, que nos permita pensar que vamos conseguir recompor a nossa vida. É uma tragédia num país”.

Uma “tragédia” que não dá acesso imediato ao “paraíso”, alertou: “não dizemos que vamos ter o paraíso na terra. A nossa recuperação vai ser lenta, vai exigir muito esforço, muita dedicação de todos nós”. “Não tenham dúvidas, nós vamos ver um fim para esta crise e vamos começar a recuperar”, concluiu.

Páginas: 1 2

Em destaque

Subir