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Electrão recolheu mais embalagens, pilhas portáveis e equipamentos elétricos usados durante a pandemia

O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos recolheu mais embalagens, pilhas portáveis e equipamentos elétricos usados durante a pandemia apesar de todos os constrangimentos.

“Registámos um crescimento de 19 por cento na retoma das embalagens, de 22 por cento nas pilhas portáveis e de seis por cento nos equipamentos elétricos usados”, revelou o diretor-geral adjunto do Electrão, Ricardo Furtado, durante o segundo debate do ‘Movimento Faz Pelo Planeta by Electrão’.

A sessão, transmitida na manhã desta quinta-feira, em direto, no canal de You Tube do Electrão, foi dedicada ao tema “O Desenvolvimento Sustentável no Pós-Pandemia”.

Ricardo Furtado acredita que haverá um antes e um depois da pandemia no que diz respeito à sustentabilidade ambiental. “No Electrão estamos convencidos disso mesmo. É uma necessidade que todos interiorizámos porque todos acabámos por sofrer, no dia a dia, algum tipo de consequências desta pandemia”, sublinhou.

A diretiva que impõe o fim da obsolescência programada, para garantir o prolongamento da vida de equipamentos elétricos, por exemplo, é uma das medidas que assegura o aumento da sustentabilidade neste sector, a par de outras, como a redução do consumo de água e proibição de utilização de substâncias perigosas.

Joana Guerra Tadeu, uma das big changers que dá rosto à campanha ‘Faz pelo Planeta By Electrão’, um movimento que acaba de ser lançado e que pretende trazer para a ribalta outros ambientalistas, ainda no anonimato, lembra que a transição para um modo de vida mais sustentável deve ser feita com pequenas mudanças.

“Uma das melhores coisas que a pandemia trouxe foi a redução do desperdício alimentar nas casas das famílias. Também se passou a gastar menos água. Só não conseguimos poupar na energia. Aumentou a autossuficiência com muita gente a fazer pão em casa com receio de um apocalipse e aumentou também a interajuda ao vizinho, na comunidade. Espero que isso não acabe com o fim da pandemia”, frisou.

Joana Guerra Tadeu considera que estes gestos são o exemplo da máxima dos anos 90 que veiculava a necessidade de “pensar global e agir local”.

Mas há ainda muito a fazer. A big changer não está otimista quanto ao abrandar do consumo e das emissões. Se em 2020 os recursos do planeta, disponíveis para todo o ano, estavam gastos a 22 de agosto, este ano extinguiram-se a 13 de maio. Mais do que nunca é preciso sensibilizar para modos de vida mais sustentáveis.

A presidente da associação Bussiness As Nature, Susana Viseu, está convicta de que esse caminho passa pela fiscalidade verde.

“Enquanto não nos mexerem no bolso, enquanto não tivermos o mercado de carbono a funcionar, não teremos as medidas necessárias”, antevê. Se é relativamente fácil descarbonizar e apostar nas energias limpas, segundo Susana Viseu, mais difícil é levar as empresas a comportamentos mais sustentáveis. Este é outra das vertentes do movimento que quer encontrar, além de outros ‘big changers’, ‘corporate changers”, pessoas que fazem a diferença dentro das empresas e organizações.

Para o presidente do CNADS (Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável), o professor e investigador Filipe Duarte Santos, esta pandemia veio consciencializar a população mundial para a necessidade de respeitar a natureza, de forma a evitar outras zoonoses, infeções transmitidas de animais para seres humanos. Alertou ainda para todas as questões que se prendem com ambiente, alterações climáticas e poluição.

Numa altura em que as viagens entre países começam a registar alguma retoma, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, mostra-se confiante no equilíbrio entre saúde e economia. Sempre sem perder de vista a ideia de sustentabilidade.

Sobre o Electrão:

O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos é a entidade responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados.

Gere uma rede de recolha de equipamentos elétricos e pilhas usadas com mais de 6000 locais de recolha dispersos por todo o território nacional e é também responsável pela reciclagem de embalagens em todo o país.

A sua principal missão é assegurar a reciclagem dos resíduos recolhidos, contribuindo para a minimização do impacto ambiental e para um reaproveitamento dos materiais que os constituem promovendo a economia circular.

Desenvolve diversas campanhas de comunicação e sensibilização com o objetivo de promover uma maior consciencialização ambiental e uma mudança de comportamentos, de que se destacam o Quartel Electrão, a Escola Electrão e o TransforMAR.

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