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“É necessária firmeza em defesa da Democracia”, diz Sampaio da Nóvoa

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Sampaio da Nóvoa foi o convidado do 96.º debate do Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia. O candidato a Presidente da República abordou a atualidade política, com enfoque na situação na Grécia, e colocou a tónica no futuro de Portugal e da Europa.

A sala encheu-se para ouvir Sampaio da Nóvoa, o candidato independente que pode unir a esquerda nas próximas eleições Presidenciais. Foi o encerramento do ciclo de debates do Clube dos Pensadores, que antecedeu um jantar de amigos do Clube dos Pensadores e as férias de verão.

Sampaio da Nóvoa apresentou-se nesta conversa com confiança, com vontade de vencer, mantendo as linhas mestras do discurso que adotou no arranque para este projeto pessoal.

O candidato presidencial não deixou de dedicar uma palavra a Maria Barroso – que luta pela vida, depois de uma vida de luta – e outra de solidariedade para com o povo grego.

Estava dado o mote para a conversa. E a Grécia ocupa quase todo o espaço mediático. Joaquim Jorge, moderador destes debates, lançou o tema e ouviu a ideia de Sampaio da Nóvoa.

“A situação na Grécia é muito complicada e é necessária firmeza em defesa da Democracia”, referiu, numa visão de esquerda que se enquadra no seu discurso e que Portugal deve acompanhar.

A saída dos helénicos da moeda única pode abrir uma crise europeia de dimensões incontroláveis: “Se a Grécia sair, ficamos com uma Europa em ruínas e a caminho da III Guerra Mundial [cita o Papa Francisco]. Uma guerra de tensão crescente entre uma ditadura financeira e de conflitualidade. Teremos que combater o poder do capital e não estarmos dependentes.

“O problema não é apenas económico, mas também político. Não se deve ser obediente a regras restritas vindas do exterior, que não levam a lado nenhum, e não podemos fechar a nossa vida nessa conjuntura. Temos que ser capazes de inovar”.

Por seu turno, Portugal não pode estar dividido nesta questão. Aliás, a união fará a força, dentro de portas e na União Europeia. “Temos que encontrar um projeto nacional, com uma estratégia clara e com força para unir”, salientou.

“Estávamos convencidos de que éramos os pobres dos ricos na Europa, mas que isso nos protegia de males maiores. Temos que abandonar uma visão semiperiférica em relação à Europa, pois desinvestimos em tudo em Portugal”, criticou Sampaio da Nóvoa.

A estratégia dos órgãos soberanos em Portugal deve passar por “redescobrir a nossa centralidade, reconstruir a centralidade dentro de nós com aposta na educação, com espaço para a inovação e na permanente capacidade da nossa economia”.

“Percebermos a nossa centralidade no ponto de vista estratégico. No mar e da charneira entre Europa e o resto do mundo. Não há outro país no mundo que tenha esta centralidade”, enfatizou Sampaio da Nóvoa.

A sua candidatura é independente e o seu projeto coletivo, que procura unir as pessoas em torno das causas. Ser um Presidente que ouve e que fala com as pessoas é o seu objetivo principal.

Quando interrogado por Joaquim Jorge na habitual sessão de perguntas sobre o apoio do Movimento Livre, Sampaio da Nóvoa responde que quem quiser apoiar a sua carta de princípios o poderá fazer.

Diz também que não é ‘anti-Cavaco’ e que o “impossível dá muito trabalho mas faz-se”. Homem de “consensos”, Sampaio da Nóvoa defende que “o Poder é exercido na medida em que corresponda à vontade das pessoas”.

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