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“É muito difícil explicar que Eduardo Cabrita se mantenha em funções”, diz Catarina Martins

Coordenadora do Bloco de Esquerda entende que o ministro da Administração Interna se encontra numa “situação insustentável” e não compreende que o primeiro-ministro mantenha Eduardo Cabrita em funções. 

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu hoje a saída do Governo por parte do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, considerando que se encontra “numa situação insustentável”.  

“É muito difícil explicar que Eduardo Cabrita se mantenha em funções”, diz Catarina Martins, alegou, em entrevista à Antena 1.  

“As remodelações não têm nada a ver com as negociações para o Orçamento do Estado porque seguramente a política do Governo não depende do ministro que está. O Governo é um. Agora é verdade que há ministros que estão numa situação insustentável há já largos meses”, acrescentou. 

O ministro da Administração Interna está na ‘mira’ a oposição ao Governo muito antes do caso SEF, sendo que a sua posição se tornou mais frágil após o episódio no Zmar. 

Apesar de tudo, António Costa já referiu que “se Eduardo Cabrita é o seu problema, isso significa que não tem problema nenhum”. O primeiro-ministro elogiou o ministro da Administração Interna e afastou a hipótese de o afastar do Governo.  

Catarina Martins não compreende esta posição do líder do executivo. A líder do Bloco entende que a substituição do ministro deveria ter ocorrido desde “a morte de um cidadão às mãos do SEF, que foi torturado até à morte”. 

“Esse é o caso mais grave. Dir-me-á que não teve responsabilidade direta, é verdade, mas era o ministro responsável por uma força de segurança que torturou até à morte um homem”, realçou Catarina Martins, citada pela agência Lusa. 

A líder bloquista considerou ainda que Governo “tem dado pouca atenção aos problemas do país” e “age tarde”.  

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