Economia

Durão Barroso elogia União Europeia pelo papel “como bombeiro e arquiteto ao mesmo tempo”

durao barrosoA União Europeia tem desempenhado um duplo papel, “como bombeiro e arquiteto”, que merece elogios do presidente da Comissão Europeia. Apesar dos “acidentes”, Durão Barroso acredita que “a ameaça existencial contra o euro está ultrapassada”, mas ainda é precisa mais união.

“A crise não é do euro”, diz Durão Barroso, mas das dívidas soberanas de quase todos os países da União Europeia (UE), agravada pelas debilidades do sistema financeiro. É verdade que a UE “não reagiu ao ritmo que outros gostariam”, que “poderia ter agido mais depressa”, mas ainda assim é preciso elogiar o papel desempenhado “como bombeiro e arquiteto ao mesmo tempo”, argumentou o presidente da Comissão Europeia (CE), quando intervinha na abertura da conferência “Portugal no Mundo”, a decorrer em Lisboa.

Assegurando que “o modelo social europeu não está morto”, Durão Barroso alertou os 27 membros da UE e os 17 do Eurogrupo de que é preciso ainda mais união, criticando o “euroceticismo” e a “eurofobia” de vários políticos que “quando corre algo mal europeizam o fracasso e quando corre algo bem nacionalizam o sucesso”.

É que, embora aconteçam “acidentes” de percurso, o trabalho para reforçar o rigor orçamental e as reformas laborais em curso em Portugal, Grécia e Itália são “essenciais no restabelecimento da confiança na estabilidade do euro”, assim como o esforço desempenhado pelo Banco Central Europeu (BCE). “O facto do BCE ter anunciado compras ilimitadas da dívida soberana caso seja necessário e o fundo de um trilião de dólares, que é igual ao que o FMI tem para situações de emergência, foram importantes para restabelecer a confiança do mercado”, complementou.

Sobre o trabalho realizado em Portugal, Durão Barroso prometeu colaboração da CE na luta contra o desemprego jovem, nomeadamente através do programa “Impulso Jovem”, mas apelou a toda a sociedade para começar a projetar o país a longo prazo, em vez de resumir o debate à crise no curto prazo. “A relação de Portugal com o mundo é uma história que tem que passar pela União Europeia”, insistiu ainda.

Em destaque

Subir