Há um novo homem mais rico de Portugal: Alexandre Soares dos Santos sucede a Américo Amorim, na classificação de fortunas da revista Exame relativa a 2012. O líder da Jerónimo Martins e do Pingo Doce multiplicou a sua fortuna por seis, nos últimos oito anos, e escapa à onda que varreu parte das fortunas dos mais ricos de Portugal.

Alexandre Soares dos Santos passou a ocupar o primeiro lugar na lista de fortunas da revista Exame, que retira dessa posição Américo Amorim. O líder da Jerónimo Martins, que detém a cadeia de supermercados Pingo Doce, assinala um aumento de fortuna assinalável: nos últimos oito anos, multiplicou a sua riqueza por seis.

De acordo com a Exame, os mais ricos ficaram mais ‘pobres’, em 2012, com uma perda de 17,5 por cento, relativamente a 2011. No entanto, as dez maiores fortunas portuguesas atingem um valor impressionante: 14,4 mil milhões de euros, quase um quinto do valor do resgate a Portugal.

Alexandre Soares dos Santos conseguiu escapar a esta onda que varreu uma parte das 10 maiores fortunas portuguesas. De acordo com a Exame, o último ano foi o mais prejudicial para a acumulação de riqueza, sendo o dono da Jerónimo Martins é a exceção que confirma essa regra. Soares dos Santos tem uma fortuna de 2070 milhões de euros e sobe mais uma posição, em 2012. Em 2011, o dono da cadeia de supermercados foi o segundo mais rico, subindo dois lugares, em comparação com o ano de 2010, segundo a revista exame.

A crise tem pasado ao lado de Soares dos Santos, numa empresa que ficou ainda mais célebres com as generosas promoções do Pingo Doce – de 50 por cento na compra de produtos, em alguns feriados.

Essas promoções acabaram por representar uma despesa direta, mas o plano é visto por Alexandre Soares dos Santos como um investimento da Jerónimo Martins na marca ‘Pingo Doce’.

A queda de Américo Amorim está relaciona com a retração nas suas áreas: bancos e combustíveis, sobretudo. As participações na Corticeira Amorim, Galp Energia e em instituições bancárias acabaram por ter reflexos negativos nas fortunas de Américo Amorim.

Em terceiro lugar, nesta classificação dos mais ricos de Portugal, está a família Guimarães de Mello, cuja fortuna vale 700,1 milhões de euros. Já Belmiro de Azevedo, outrora o homem mais rico do país, surge na quarta posição. No último ano, perdeu cerca de 47 por cento da sua fortuna, avaliada agora em 681 milhões.

Assinale-se ainda que as 25 maiores fortunas equivalem a 8,4 por cento do Produto Interno Bruto português de 2011.