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Diz que “Sócrates não merece cair sozinho” e agita redes sociais

João Miguel Tavares, jornalista que chegou a ser processado por José Sócrates, e tem sido uma das vozes mais ativas a abordar temas relacionados com o antigo primeiro-ministro, escreveu um artigo de opinião que está a agitar as redes sociais. “Sócrates não merece cair sozinho”, atira.

“Eu não esqueço. Aqui estarei para lembrar que Sócrates não ascendeu sozinho, não governou sozinho e, acima de tudo, não merece cair sozinho”, começa por escrever nas páginas do jornal Público.

João Miguel Tavares lembra que “neste momento marcante da História de Portugal, em que um ex-primeiro-ministro é acusado de 31 crimes de corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documento, convém recordar que José Sócrates não caiu da tripeça por causa dos portugueses, que finalmente perceberam quem ele era”.

Sobre o então primeiro-ministro, recorda, “caiu por causa da crise internacional, da falência do país e da vinda da troika“.

“Sócrates foi um extraordinário caso de popularidade”

No artigo no Público, João Miguel Tavares revela que “Sócrates foi um extraordinário caso de popularidade, não só entre o povo, mas sobretudo entre as elites. E são estas elites que hoje em dia me preocupam, porque os ex-apoiantes de Sócrates continuam por aí como se nada fosse, nos blogues, nos jornais, nas empresas, no PS, no Governo”.

“Entusiasmo dos seus defensores esmoreceu desde a noite da detenção”

O jornalista pergunta ainda onde estão os apoiantes do antigo primeiro-ministro.

“Dir-me-ão: Sócrates ainda não está condenado. Pois não. Mas reparem como o entusiasmo dos seus defensores esmoreceu desde a noite da detenção (21 de novembro de 2014) até ao dia da acusação (11 de outubro de 2017)”, revela, vendo um Sócrates “cada vez mais isolado.”

João Miguel Tavares sublinha que a nova fase deste caso ‘Operação Marques’ diz respeito “sobre um regime construído por inúmeros ex-socratistas, que agora saem de cena na esperança de que esqueçamos o papel que desempenharem ao longo dos anos. Eu não esqueço”.

José Sócrates, recorde-se, chegou a apresentar uma queixa-crime contra João Miguel Tavares por causa de um artigo de opinião que assinou no Diário de Notícias, em 2009, com o título “José Sócrates, o Cristo da política portuguesa”.

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