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DGS: Calor em Portugal perto de máximos de 2003, quando morreram 2000 pessoas

temperaturas altassol1 510Temperaturas em Portugal podem, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), subir a máximos históricos, com o calor a tornar-se ameaça. O mercúrio dos termómetros está perto de chegar aos níveis de 2003, quando morreram 2000 pessoas, devido à onda de calor. As urgências hospitalares já registam, neste momento, um aumento de procura. A DGS e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge acompanham o fenómeno, sendo que foi ativado um plano de contingência.

Numa conferência de imprensa conjunta, em Lisboa, a Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) lançaram um alerta para os perigos da onda de calor, que vai afetar o território continental, nos próximos dias, pelo menos até segunda-feira.

As temperaturas estão elevadas e podem mesmo atingir máximos históricos, como os que se verificaram no ano de 2003. Há 10 anos, no verão, 2000 pessoas morreram em Portugal, em virtude do calor se que fez sentir nesse ano. Para evitar que o cenário se repita, a DGS e o INSA, representados pelos responsáveis máximos, Francisco George e Carlos Dias, alertaram hoje para os perigos resultantes das elevadas temperaturas.

Neste momento, verifica-se já um aumento da afluência às urgências hospitalares, devido ao calor. Trata-se, sobretudo, de pessoas idosas, ou de doentes crónicos, que enfrentam riscos de mortalidade acrescidos, perante o atual quadro meteorológico. No entanto, não são apenas estes grupos de risco que devem tomar precauções. Toda a população deve adotar comportamentos preventivos.

Francisco George, diretor-geral de Saúde, revelou que já foi acionado um plano de contingência que tem como objetivo responder às elevadas temperaturas, numa altura em que as previsões meteorológicos apontam para máximas que podem chegar aos 41 graus, em Lisboa (menos um grau do que em 2003).

“Portugal está perto de entrar numa onda de calor, que não foi decretada ainda, mas que a todo o momento pode mudar”, realçou hoje Francisco George.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) faz ver que o País está sob uma massa de ar quente, que provocará a manutenção das temperaturas em níveis elevados, não só nesta sexta-feira, como também no fim de semana e (pelo menos) até segunda-feira.

Aquele instituto prevê 30 graus para Faro, 32 para Aveiro e 34 para Guarda. Estes distritos ficam em alerta verde, durante o dia de hoje. Já em alerta amarelo do IPMA estão todos os outros distritos do continente. Destaque para os 35 graus previstos para Viana e para os 41 de Beja e Évora.

Se é um facto que o calor é normal nesta época do ano, um alerta amarelo implica alguns comportamentos preventivos por parte das populações, com destaque para idosos, doentes crónicos, crianças e grávidas. As temperaturas elevadas aconselham a evitar a exposição solar e realizar atividades que dependam da condição meteorológica.

O calor vai fazer-se sentir no “Atlântico Norte, desde a região a oeste dos Açores até às Ilhas Britânicas, originando o transporte de uma massa de ar muito quente, com uma circulação de leste sobre Portugal Continental”, informa um comunicado do IPMA.

Durante o fim de semana, as condições climatéricas mantém-se inalteráveis, mas na próxima semana “é menos provável que as temperaturas se mantenham tão elevadas, podendo, no entanto, ainda se manter acima da média”, esclarece aquele instituto.

A Direção-Geral de Saúde está em alerta e acompanha o fenómeno, para emitir conselhos que passam pelo consumo de água e alguns cuidados na alimentação, para evitar congestões. A indumentária também deve ser adequada: roupas claras e soltas. A exposição solar é totalmente desaconselhada a partir das 11h00 e até, pelo menos, às 16h00. A DGS aconselha ainda a colocação de proteção solar, uso de chapéu e de óculos de sol.

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