Desentendimentos terão ditado a saída de Maurizio Arrivabene da Ferrari
A saída de Maurizio Arrivabene como responsável da equipa Ferrari de Fórmula 1 e a sua substituição por Mattia Binotto é vista como uma decisão que denota algum desespero no seio da ‘Scuderia’ de Maranello.
O facto da mítica formação italiana ter perdido mais um título de F1 para a Mercedes ditou esta mudança, falando-se também que este desfecho terá também a ver com algum desentendimento entre o antigo responsável da Gestão Desportiva e o ex-diretor técnico da equipa.
Num comunicado emitido segunda-feira a Ferrari anunciou que “depois de quatro anos de dedicação Maurizio Arrivabene deixava a equipa. A decisão foi tomada em conjunto com a gestão da empresa depois de longas discussões relacionadas com os interesses de Maurizio a longo prazo bem como os da própria equipa”.
A marca de Maranello expressou o seu agradecimento a Arrivabene “pela sua valiosa contribuição para aumentar a competitividade nos últimos anos e deseja-lhe a melhor sorte nos seus futuros desafios”, ao mesmo tempo que avançava que Mattia Binotto assumia as funções de chefe da equipa “com efeito imediato”, sendo que o ‘staff’ técnico “irá continuar a reportar diretamente a Mattia”.
Binotto, que sucedeu a James Allison como diretor técnico quando o engenheiro britânico regressou a Inglaterra por razões familiares em 2016, foi o responsável pelos carros da nova geração V6 Turbo híbrida. Sendo que no seu novo cargo o técnico italiano deverá delegar mais responsabilidades ao chefe de aerodinâmica Enrico Cardile e ao chefe do departamento de motores Corrado Lotti.
Quanto a Maurizio Arrivabene deverá deixar a Fórmula 1 para se envolver na Direção do clube de futebol Juventus de Turim, onde o Grupo Fiat também tem interesses. Isto depois de se ter juntado à Ferrari em 2015 para suceder a Marco Mattiacci, vindo da Philip Morris, que foi patrocinador da equipa durante várias temporadas.
