O desemprego recuou no segundo trimestre, levando o PSD a salientar o “importante avanço na situação social e económica do país”. No mesmo comunicado, os ‘laranjas’ desafiam o PS, “habitualmente tão rápido nas tomadas de posição pela negativa, a comentar publicamente os números”.
A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano situou-se em 16,4 por cento, um valor que o PSD realçou de imediato, através de um comunicado enviado às redações. Para os sociais-democratas, trata-se de “um importante avanço na situação social e económica do país”. Falta agora, continua o texto do PSD, o comentário do PS.
No comunicado, o maior partido da oposição é diretamente desafiado a comentar a descida de 1,3 por cento face à taxa de desemprego do primeiro trimestre, embora continue acima – 1,4 por cento – da registada no mesmo período do ano passado. O PSD quer o PS, “habitualmente tão rápido nas tomadas de posição pela negativa, a comentar publicamente os números agora divulgados que configuram um importante avanço na situação social e económica do país e que confirmam que o esforço colectivo dos portugueses nos últimos dois anos não foi em vão”.
Um “esforço coletivo” que, no mesmo texto, o PSD insiste em “salientar”: “este número, comparado com os 17,7 por cento do trimestre anterior, representa uma descida significativa, sendo de salientar que é a primeira vez em dois anos que a taxa de desemprego diminui”. Os ‘laranjas’ desvalorizam a previsão de crescimento da taxa média anual do desemprego e contrapõem com “o aumento da taxa de emprego e o concomitante aumento do número de portugueses profissionalmente ocupados”.
Os dados do desemprego foram hoje avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE): em Portugal, a taxa relativa ao segundo trimestre foi de 16,4 por cento. Os resultados do Inquérito ao Emprego do INE demonstraram que, entre abril e junho, a população desempregada foi de 886 mil pessoas, uma subida de 7,1 por cento face ao mesmo período de 2012, apesar da que de 7,0 por cento em termos trimestrais.
O INE aponta ainda que a população empregada ronda os 4,5 milhões de pessoas, menos 3,9 por cento em termos homólogos e mais 1,6 por cento na comparação trimestral: no primeiro trimestre de 2013 havia menos 72,4 mil pessoas com emprego.
“São boas notícias para Portugal e para os portugueses que, de forma tão empenhada e coesa, nos últimos dois anos, trabalharam para ultrapassar a difícil situação do país. Confirmam-se, pois, os sinais positivos na economia de que falou o primeiro-ministro no debate da moção de confiança e que, como disse, indicam que podemos estar muito próximos da inversão que todos os portugueses desejam”, indicam os sociais-democratas.
