Está desmantelada pela Polícia Judiciária (PJ) uma rede que emitia falsas receitas de medicamentos comparticipados pelo Estado, através do Sistema Nacional de Saúde (SNS). O caso envolve sete pessoas entretanto detidas – médicos, farmacêuticos e também delegados de propaganda médica, bem como um empresário – que terão lesado o estado em milhares de euros.

De acordo com a edição de hoje do Diário de Notícias, a PJ desmantelou uma rede de fraude ao SNS, que consistia em emitir falsas receitas, de medicamentos comparticipados pelo Estado.

A investigação da Judiciária levou à detenção de sete pessoas, alegadamente envolvidas neste caso. São médicos, farmacêuticos, delegados de informação médica e um empresário na área da distribuição de medicamentos, que são suspeitos de uma burla que atinge milhares de euros.

Os suspeitos têm idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos. Segundo as conclusões da investigação policial, a rede dedicava-se à emissão de falsas receitas médicas a utentes do Serviço Nacional de Saúde.

Os medicamentos eram comparticipados, mas regressavam ao mercado, em Portugal, ou para exportação. Há um caso de um fármaco que foi repetidamente prescrito pelos médicos em causa, sendo que as receitas atingiam um valor de 200 mil euros, só neste medicamento.

A ‘Operação Prescrição de Risco’, realizada pela PJ, permitiu o desmantelamento deste esquema de fraude que duraria há pelo menos três anos. Os agentes da Judiciária realizaram 24 buscas na Grande Lisboa e nas regiões centro e norte do País.