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Delfim Neves eleito novo presidente do parlamento de São Tomé

Delfim Neves, vice-presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD), que integra a terceira força mais votada nas legislativas de outubro, foi eleito hoje presidente do parlamento são-tomense, com 28 votos favoráveis e 20 contra.

Na votação, um deputado do Movimento por Caué (independente) estava ausente. Delfim Neves teve ainda quatro votos nulos e duas abstenções.

Intervindo na cerimónia de posse dos 55 deputados, Delfim Neves, 53 anos, definiu como a sua “principal missão resgatar a dignidade” do parlamento e dos deputados “perante a nação e o mundo”.

Essa missão, acrescentou, “consistirá em agir no sentido de que os deputados se respeitem, sejam respeitados”, que “os serviços se tornem mais dinâmicos e eficazes” e ainda “contribuir para que o povo esteja devidamente representado na Assembleia Nacional”, disse o novo presidente, que sucedeu a José Diogo, da Ação Democrática Independente (ADI), que tinha maioria absoluta na anterior legislatura.

Delfim Neves comentou que “o país está praticamente parado, o povo já se manifesta cansado”, apelando à concertação em prol do país.

“É necessário que nos unamos em torno de um projeto em nome de São Tomé e Príncipe, colocando em primeiro lugar os interesses da nação, acima dos interesses particulares ou de grupo”, defendeu.

Delfim Neves garantiu a colaboração do parlamento com outros órgãos de soberania do país, designadamente o Presidente da República, no âmbito dos “parâmetros constitucionais, ou seja, no quadro do respeito mútuo e da separação de poderes”.

No seu discurso de investidura, pediu aos representantes das missões diplomáticas presentes para “transmitirem aos governos dos respetivos países” que os deputados desta 11ª legislatura, que se iniciou hoje, “tudo farão para que a democracia prevaleça e se consolide em São Tomé e Príncipe”.

Delfim Neves sublinhou ainda que os acordos de cooperação, bem como os tratados internacionais assinados entre governos, serão respeitados.

Nas eleições legislativas de 07 de outurbo, o partido Ação Democrática Independente (ADI, que estava então no poder) venceu com maioria simples, elegendo 25 deputados, enquanto o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) conseguiu 23 lugares. A coligação PCD-UDD-MDFM obteve cinco mandatos e foram ainda eleitos dois deputados independentes pelo distrito de Caué.

MLSTP e coligação reclamaram ter alcançado maioria absoluta (28 lugares, no total) e assinaram, após as eleições, um acordo de incidência parlamentar e para formar Governo.

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