A Daimler-Benz está preocupada com um provável fenómeno de ‘cyberjacking’ aos automóveis que no futuro possam seguir determinados itenerários sem precisarem de condutor.

A tecnologia já existe, não apenas em modelos da Mercedes mas também de outros construtores, mas a marca de Estugarda é a primeira a vir a público manifestar a sua preocupação sobre o assunto.

Na era em que o crime informático está na ordem do dia, Dieter Zetsche veio alertar a indústria para os perigos que ameaçam a nova tecnologia, destinada a reduzir os riscos de acidentes e proporcionar mais conforto aos utlizadores.

O presidente da Mercedes descreve mesmo o assunto como “uma visão de pesadelo”, e que os ‘hackers’ podem servir de ‘gatilho’ para “ações não pretendidas pelo condutor”.

“Estamos a trabalhar com todas as nossas forças na implementação de ‘firewalls’ relacionadas com a teconologia que torne isto (o carjacking) impossível”, declara Zetsche.

O alerta do presidente da Mercedes vem na sequência de uma série de auditorias sobre a segurança dos novos sistemas, já que muitos construtores foram encorajados a acelerarem o desenvolvimento da condução autónoma por experiências da Google no terreno.

E conforme os construtores aprofundam a eletrónica , com sensores e mais conectividade, mais riscos os automóveis com estas tecnologias se tornam alvos cada vez mais apetecíveis para o ciber-crime.