A quantidade de casais com os dois cônjuges desempregados duplicou em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2011, e bateu um novo máximo. Há 9438 casais sem emprego.

O IEFP divulgou dados relativos ao desemprego dos casais portugueses, apresentando um cenário que não deixa margens para otimismo. Em agosto, havia 9438 casais com os dois cônjuges inscritos em centros de emprego, o que representa um aumento de 102 por cento, comparativamente com igual mês do ano passado.

Em agosto de 2011, havia 4673 casais nesta situação, sendo que se verificou um aumento, nos últimos 12 meses, de mais 4765 casais à procura de emprego. Esta informação consta da ‘Informação mensal sobre estado civil do desempregado e condição laboral do cônjuge’, tornada pública nesta quarta-feira pelo IEFP.

Este documento refere que “o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados foi, no final de agosto de 2012, de 9438”, o que representa um aumento de “102 por cento do que no mês homólogo” de 2011.

Já numa comparação com o mês de julho de 2012, verifica-se que em agosto deste ano houve mais 631 casais desempregados, o que representa um acréscimo de 7,2 por cento de famílias sem fonte de rendimento proveniente do trabalho.

Outros dados relativos à evolução do desemprego (não apenas nos casais) no mês de agosto, divulgados há poucos dias, dão conta de um aumento de 26 por cento em comparação com agosto de 2011. Comparando com julho, assinala-se um crescimento de 4,4 pontos percentuais, no continente.

As perspetivas da evolução do desemprego, durante o próximo ano, apontam no sentido de uma manutenção da tendência de aumento, dada a retração da economia e a quebra do consumo.

Portugal é o terceiro país da OCDE com maior aumento de desemprego, entre julho de 2011 e de 2012. Apenas a Grécia e a Itália registaram um aumento superior ao de Portugal: 36,3, por parte dos helénicos, e 35,6 por cento, relativamente aos transalpinos.