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Portugal está a ficar sem dadores de sangue, avisa o IPST

doar sangue O Instituto Português do Sangue e da Transplantação admite que há cada vez menos dadores de sangue, devido ao aumento da emigração e ao envelhecimento da população. O presidente, Hélder Trindade, apela aos jovens que por cá ficam para se tornarem dadores regulares.

As reservas de sangue estão de volta aos níveis normais, passado o período da gripe, mas há cada vez menos dadores. Os dados foram avançados pelo presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade, quando se assinala o Dia Nacional do Dador de Sangue.

Em entrevista à Lusa, Hélder Trindade assumiu que Portugal está numa fase de perda de dadores de sangue, cuja explicação consiste em dois grandes fatores: a emigração e o envelhecimento da população.

“Portugal está numa fase de perda dos dadores de sangue”, argumentou: “Perda por envelhecimento da população, porque há uma forte tendência de emigração de pessoas ainda jovens e muitos dadores certamente integrados nesse contingente. Perda porque as empresas fecham mais as portas para que se possa colher sangue ou mais dificuldade em libertar o trabalhador para dar sangue”.

Aos jovens (que não emigraram), o presidente do IPST deixou um apelo: tornem-se dadores regulares.

“Existe neste momento uma forte pressão sobre a disponibilidade dos dadores de sangue e nós mantemos o apelo para os que são dadores esporádicos ou para quem nunca deu sangue: venham dar sangue! Para continuarmos com alguma tranquilidade em termos da nossa suficiência em sangue”, instou Hélder Trindade.

O dirigente revelou ainda que a quebra no número de dadores tem ocorrido a par de uma descida no consumo de sangue, com Portugal a seguir uma tendência registada noutros países.

A explicação, segundo o presidente do IPST, está na constante evolução das práticas medicinais, sobretudo no recurso a cirurgias cada vez menos invasivas.

Depois de apelar aos jovens, Hélder Trindade dirigiu-se ao Governo, reclamando uma maior agilidade e rapidez na tomada de decisões, alegando que a morosidade dos processos (como na contratação de pessoal) tem de ser ultrapassada.

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