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Cuidados Paliativos do Hospital São João abrem com 12 camas e mais pessoal

A Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital São João, no Porto, foi hoje inaugurada com 12 camas e o aumento dos profissionais dedicados ao serviço, que, segundo a diretora, tardou dez anos em concretizar-se.

Segundo a diretora do serviço de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar São João, Edna Gonçalves, a unidade hoje inaugurada, com a presença do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, “é a materialização de um sonho que era fundamental”.

Com 12 camas e um aumento de profissionais, nomeadamente enfermeiros e assistentes operacionais, que eleva para 40 o número de recursos humanos disponíveis no serviço, a nova unidade tem ao nível das camas a resposta “possível”.

“Doze camas, neste hospital é o possível, pois estamos a falar de um hospital que faz para o ano [2019] 60 anos”, disse Edna Gonçalves.

Segundo adiantou, caso houvesse mais espaço, o número subiria para “20 camas”, mas “menos de oito e mais de 20 não são geríveis neste tipo de unidade”.

“O rácio definido pelo plano estratégico foi cumprido nesta unidade: para além dos seis enfermeiros que já tínhamos, chegaram mais 15, temos nove assistentes operacionais quando não havia nenhum, passamos a ter também um assistente técnico e vamos aumentar o apoio de psicologia e de assistência social. Virá também mais uma médica que nos permitirá ter médico sete dias por semana, 12 horas por dia”, descreveu.

Ao todo serão “cerca de 40 profissionais em todo o serviço, sendo a unidade uma valência desse serviço”, disse a diretora, referindo que vão ser assistidos “doentes oncológicos e não oncológicos, com doenças neuromusculares, com demência em situação complexa, com insuficiência respiratória, cardíaca, hepática, hematológica e doentes transplantados, todo o tipo de doentes com doenças incuráveis”.

O secretário de Estado destacou o “momento histórico” da inauguração de “uma unidade para doentes altamente complexos, que vai servir de formação, de escola a outros profissionais de saúde, que vai ser local de investigação e que, acima de tudo, vai dar uma resposta aos utentes e suas famílias numa área que é carenciada e onde o governo quer investir”.

Questionado sobre o facto de, tal como foi evidenciado por Edna Gonçalves, a unidade ter demorado 10 anos a abrir, Fernando Araújo reconheceu-o, mas preferiu valorizar o facto já estar em funcionamento.

“A partir de hoje temos aqui uma resposta que não tínhamos”, concluiu o governante.

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