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Cirurgiões do Hospital São João enganam-se e fazem mastectomia errada e que mulher não queria

Susana Tomé nem queria acreditar quando acordou dos efeitos da anestesia e verificou que os médicos se tinham enganado durante a operação, realizada em março de 2016. O caso vai a julgamento agora e no banco dos réus sentam-se dois cirurgiões daquela unidade hospital que respondem por negligência e ofensas à integridade física.

A doente submeteu-se a uma intervenção cirúrgica de mastectomia com reconstrução mamária do lado direito imediata, sendo que, ao mesmo tempo, tinha ficado determinado que seria colocada uma prótese do outro lado.

A mulher não queria retirar a mama esquerda e isso consta do processo físico do hospital. Porém, na altura da operação, já com a doente sedada, no sistema informático essa indicação, alegadamente, não terá constado.

E assim, um dos médicos foi avisado por enfermeiras e anestesista de que a mulher não tinha dado permissão para a retirada do órgão esquerdo.

O médico avançou na mesma com a operação e Susana Tomé ficou revoltada quando acordou e verificou que não tinha sido levada em conta a sua decisão previamente assinada.

Um outro cirurgião também se senta no banco dos réus porque, conta o Correio da Manhã que teve acesso ao despacho de acusação, porque se terá ausentado da sala de operação antes da chegada do colega.

Diretor do SNS ouvido pelo Tribunal também

O julgamento começa esta quinta-feira no Tribunal do Bolhão e Fernando Araújo, atualmente diretor do Serviço Nacional de Saúde, à data diretor do Hospital de São João, será ouvido como testemunha.

No limite, a doente deveria ter sido acordada para confirmar quais os procedimentos a adotar na operação, explica o CM, ao falar de Fernando Araújo.

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