A primavera já chegou e a época das alergias está prestes a bater à porta. A prevista subida das temperaturas reforça as condições ideais para os problemas que afetam um em cada três portugueses. E os estudos mostram que há cada vez mais crianças com asma e renite.

A chegada da primavera é uma má notícia para um terço da população portuguesa: vêm aí as alergias.

Para esta semana está prevista uma subida gradual das temperaturas, o que, associado ao vento, vai desenvolver as condições ideais para a disseminação dos pólenes.

Elisa Pedro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), lembrou à Renascença que “as alergias têm aumentado em todo o mundo” e Portugal não é exceção.

“Calcula-se que um terço da população portuguesa tenha alergias. Temos estudos em que se demonstra o aumento da prevalência de asma e renite, especialmente nas crianças”, salientou a especialista.

As doenças associadas às alergias têm consequências, como um aumento das faltas ao trabalho e à escola.

“O rendimento laboral e escolar pode ser afetado porque estes problemas trazem noites mal dormidas, maior cansaço, incómodos que põem em causa a rendibilidade de quem trabalha ou estuda”, reforçou a dirigente da SPAIC.

Em Portugal, uma em cada três pessoas terá um problema relacionado com alergias. Uma situação que não será “fácil inverter”, como reconheceu Elisa Pedro, devido aos “múltiplos factores” envolvidos, que vão do “meio ambiente à poluição”

“Não creio que seja fácil inverter a situação”, admitiu, em declarações à mesma rádio: “Estabilizá-la, talvez”.

Os níveis de pólenes no ar podem ser acompanhados através do Boletim Polínico da Rede Portuguesa de Aerobiologia, disponível em www.rpaerobiologia.com e www.spaic.pt.