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Cristas saúda iniciativa do PSD para conhecer devedores da CGD

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou hoje que a iniciativa do PSD, que vai solicitar formalmente na Assembleia da República o nome dos 50 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), é “bem-vinda”.

“O CDS já tem uma proposta feita no parlamento nessa matéria. Creio até que já está agendada, portanto, é naturalmente bem-vinda”, disse a líder centrista, em declarações à agência Lusa à margem da visita a uma escola no Parque das Nações, em Lisboa.

Para Assunção Cristas, “todas as iniciativas convergentes são bem-vindas”.

“Porque nós temos o direito de saber, quando entramos com o nosso dinheiro, porquê, quais são as circunstâncias, quais são as causas e quem são esses grandes devedores. Eu acho que isto é de elementar justiça”, salientou.

Na segunda-feira, o presidente do PSD, Rui Rio, anunciou que o partido vai solicitar no parlamento o nome dos 50 maiores devedores da CGD.

Hoje, Assunção Cristas referiu que o documento apresentado pelo CDS-PP sublinha que, “quando há envolvimento de dinheiro público”, o interesse em “conhecer os factos tem de prevalecer sobre outros interesses comerciais”.

“Quando está em causa o envolvimento de verbas públicas têm de poder ser, no fundo, remetidos para um segundo plano em benefício desta transparência”, acrescentou a presidente do CDS-PP.

Assunção Cristas lembrou também que, já na comissão parlamentar de inquérito que se debruçou sobre a CGD, os deputados centristas se bateram, “como de resto também o PSD se bateu” para os parlamentares terem “acesso à lista dos devedores da Caixa Geral de Depósitos”.

“Na altura a Caixa recusou, o Banco de Portugal deu razão à Caixa e recusou, fomos para tribunal e, infelizmente, a maioria parlamentar das esquerdas encostadas precipitou o fim da comissão parlamentar de inquérito, quando o Tribunal da Relação tinha dado razão aos deputados e tinha de facto dito que os deputados tinham direito a conhecer, à porta fechada, esses elementos”, referiu.

Fonte oficial da instituição liderada por Paulo Macedo disse ao jornal online ‘Eco’ que a “Caixa está obrigada aos deveres do sigilo bancário”.

Sobre isto, Assunção Cristas foi taxativa: “Por isso é que nós fomos por via legislativa”.

Apesar de ressalvar que “a Caixa Geral de Depósitos tem argumentos”, a presidente centrista salientou que, por esta via, “haverá uma lei”, com o objetivo de que “esses elementos sejam remetidos ao parlamento quando estiver em causa de facto o envolvimento de dinheiro dos contribuintes”.

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