Nas Notícias

Crise no PS: Jorge Sampaio quer “solução rápida”, apesar de estar “tranquilo”

jorge sampaiosampaio e o psJorge Sampaio diz estar “tranquilo” enquanto o PS vive uma luta fraticida entre Seguro e Costa. O antigo líder socialista, que viveu uma situação semelhante com Guterres, lembra que o partido é “democrático” e apenas pretende “uma solução rápida” e “de unidade”.

A luta pelo poder no interior do PS, entre António José Seguro e António Costa, não é desconhecida a Jorge Sampaio: afinal, era ele o secretário-geral quando, no final de 1991, foi desafiado por António Guterres, para quem perdeu em fevereiro de 1992.

Três décadas depois desse duelo, Jorge Sampaio quer manter-se afastado do confronto entre Seguro e Costa, mas assumindo um papel vigilante.

“Há no próximo sábado uma [reunião da] comissão nacional do partido”, respondeu o antigo Presidente da República, quando confrontado sobre a situação interna do PS pelos jornalistas, durante uma cerimónia em Coimbra.

Lembrando que a comissão “é o órgão máximo entre congressos”, o atual alto comissário das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações frisou ser esse “o local próprio para uma discussão aprofundada” sobre a liderança socialista, não se comprometendo com qualquer apoio.

“Espero que se encontre uma solução rápida, uma solução de unidade, que permita, de uma forma moderna, preparar e consolidar uma alternativa a este Governo”, respondeu Sampaio.

“A única coisa que posso dizer e eu quero dizer é só isto”, complementou: “espero que seja esse o momento que possa ser assumido como o momento importante para discutir seriamente a questão que está posta em cima da mesa”.

Mas, entre Seguro e Costa, quem prefere o antigo secretário-geral? “Na parte que me toca estou tranquilo”, garantiu Sampaio, salientando que esta agitação interna é sinal de vitalidade de “um partido democrático”.

Os comentários do antigo Presidente da República foram proferidos em Coimbra, à margem da cerimónia de atribuição do título de ‘doutor honoris causa’, pela Universidade de Coimbra, a António Arnaut, outro histórico socialista.

Na mesma cerimónia esteve presente António José Seguro, o secretário-geral desafiado por António Costa depois da vitória socialista nas eleições para o Parlamento Europeu.

Em destaque

Subir